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Caixa executa dívida de quase R$ 500 milhões do Corinthians

Banco executou dívida do clube referente ao empréstimo feito para a construção de sua arena

12 set 2019 - 15h32
(atualizado às 15h59)
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Semanas após divulgar o acordo com a Odebrecht pela diminuição da dívida de sua arena, o Corinthians viu as negociações com a Caixa Econômica Federal (CEF) - responsável por parte do empréstimo para a construção do Itaquerão - tomarem outros rumos. De acordo com o jornal O Globo, a CEF executou uma dívida de aproximadamente R$ 500 milhões. Em nota, o clube do Parque São Jorge rechaçou a postura.

A Caixa emprestou R$ 400 milhões ao Corinthians para a construção de sua arena, no bairro de Itaquera. Atualmente, por conta de juros e correções monetárias, a dívida está na casa dos R$ 487 milhões. O clube paulista, no entanto, tem realizado os pagamentos, mas não consegue abater o valor.

Arena Corinthians foi inaugurada em 2014 poucos meses antes do início da Copa do Mundo (Foto: Bruno Teixeira)
Arena Corinthians foi inaugurada em 2014 poucos meses antes do início da Copa do Mundo (Foto: Bruno Teixeira)
Foto: LANCE!

O Corinthians informou que negociava um refilhamento do financiamento do empréstimo para a construção da arena com o banco estatal desde o início da gestão do presidente Andrés Sanchez, em fevereiro do ano passado, mas não havia chegado a um acordo por conta da própria instituição financeira. O clube ainda alegou que cumpriu todas as exigências da Caixa e não se omitiu da dívida de empréstimo contraída no início da década.

Em nota, a diretoria do Alvinegro também deixou claro que irá recorrer à Justiça para que seus direitos sejam exercidos. O clube ainda lamentou que o banco o tenha notificado pela dívida.

Confira, na íntegra, a nota oficial publicada pelo Corinthians:

'O Sport Club Corinthians Paulista informa que enquanto finalizava negociações com a Caixa para um reperfilhamento do financiamento da Arena - processo iniciado nos primeiros dias da atual gestão — foi surpreendido por uma notificação extrajudicial alegando que diversos procedimentos prescritos pelo atual contrato não estariam sendo cumpridos.

Esta mudança de atitude não encontra respaldo na realidade dos fatos. Um acordo preliminar de adequação do contrato ao fluxo de caixa efetivo da Arena havia sido negociado há quase um ano, mas ficou suspenso pela perspectiva da iminente troca de comando da Instituição, à espera da orientação da nova gestão. Desde então, os compromissos vinham sendo honrados, como se os termos do acordo preliminar estivessem vigendo.

Além dos ajustes financeiros, a Caixa requeria a implantação de procedimentos administrativos com os quais o clube esteve sempre de acordo e cuja implementação dependia, como depende, de procedimentos dentro da Caixa até hoje não especificados definitivamente.

Assim, tanto no plano financeiro como no administrativo, o clube sempre se pautou por total transparência quanto à sua atuação operacional e subordinação inconteste a um processo de pagamentos compatível com a realidade financeira do mercado esportivo atual.

Como não houve interrupção do diálogo e tudo caminhava para um acordo mutuamente vantajoso, não há como compreender o gesto intempestivo, que sequer foi previamente comunicado à agremiação.

Ao contrário de inúmeras outras arenas que receberam da mesma linha de financiamento, o clube nunca repudiou sua dívida nem deixou de dialogar com o repassador destes recursos, a CEF, quando dificuldades transitórias se interpunham. Se a CEF escolheu trocar a rota da negociação pela do confronto, não cabe ao clube outro recurso senão defender na Justiça seus direitos.

O clube continua aberto a voltar à mesa de negociação, se a Caixa optar por prosseguir a trajetória amigável que juntos vínhamos construindo até aqui'.

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