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Bruno Peres: 'Minha cabeça está toda voltada para ficar na Roma'

Ao LANCE!, lateral da equipe italiana recebeu propostas de Benfica e Galatasaray

21 jan 2018 - 08h05
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Em sua segunda temporada na Roma, Bruno Peres está prestes a alcançar uma marca importante pelo clube. O lateral brasileiro está cotado para começar entre os titulares no clássico diante da Inter, às 17h45 (de Brasília) deste domingo, no Giuseppe Meazza. Caso entre em campo, ele chegará a 60 partidas pelos Giallorossi.

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Bruno Peres fala do interesse de outros clubes europeus em seu futebol e a oportunidade de atuar com Francesco Totti, eterno ídolo da Roma, que se aposentou ao fim da última temporada.

Você está perto de completar 60 partidas com a camisa da Roma, em uma temporada e meia. Esse período inicial no clube saiu como esperado para você?

São números bons, expressivos, e fico feliz por estar escrevendo minha história na Roma. Consegui fazer grandes jogos, com bons números, e creio que venho desempenhando bem o meu trabalho. Tive uma lesão que me afastou por um tempo dos gramados, mas são os obstáculos da profissão que precisamos superar. Acho que estou fazendo de tudo para que minha trajetória com a camisa da Roma seja muito positiva.

A Roma está em quinto no Campeonato Italiano, agora a 12 pontos do líder Napoli. Você ainda acredita no título, apesar da grande distância, ou a vaga na Liga dos Campeões passou a ser prioridade?

No futebol tudo pode acontecer, e precisamos disputar jogo a jogo para ver, lá no final, onde podemos chegar. Não gosto de pensar que não dá mais para alcançar um objetivo se, matematicamente, ele ainda está vivo. Pensando jogo a jogo, vamos buscar as vitórias que nos credencie a brigar tanto pelo título e, consequentemente, por uma vaga na próxima Liga dos Campeões, que é uma competição que, nessa temporada, avançamos de fase e é um grande objetivo nosso.

Você fez 15 partidas na atual temporada e vem atuando menos do que em 2016/17. Qual o motivo de estar com menos oportunidades na equipe?

Vinha jogando bem, atuando regularmente, até que tive uma lesão que me deixou afastado por um tempo. Com isso, quando voltei as atividades normais, a posição estava ocupada pelo meu companheiro de equipe e precisei esperar novamente a minha chance. Mas eu trabalho diariamente para que eu possa estar pronto para, quando surgir a oportunidade de voltar ao time titular, dar sequência ao bom trabalho que estava sendo feito.

Bruno Peres atuou em 59 partidas pela Roma (Foto: Divulgação)

A troca de treinador no início da temporada contribuiu para ter menos chances no time? Qual a diferença entre os dois técnicos?

A diferença entre o estilo de jogo dos treinadores não é muito grande, e eu procuro trabalhar para me adaptar rapidamente a qualquer mudança. Num modo geral, acho que isso não tenha influenciado em ter mais ou menos chances no time.

A Roma vai enfrentar o Shakhtar Donetsk nas oitavas da Liga dos Campeões. A equipe teve sorte no sorteio por ter fugido de alguns gigantes, como Bayern de Munique e Real Madrid? O que esperar da sequência da competição continental?

Não existe sorte em escapar de um ou outro time, pois todos que avançaram de fase na competição tem grandes times e méritos por estarem ali. O Shakhtar, por exemplo, venceu o Manchester City na fase de grupos, um dos times mais badalados do momento, e tenho certeza que vai entrar forte no confronto contra a gente. A Liga dos Campeões é um torneio especial, decidido nos detalhes, e cada jogo é uma final para a gente. Vamos entrar nesse duelo muito concentrados e determinados a fazer grandes jogos para chegar às quartas de final.

O Salah deixou a Roma na última temporada e vem sendo destaque no Liverpool. Em que proporção o egípcio faz falta para equipe? Ele era o parceiro ideal para o Dzeko?

Salah é um grande jogador, de muita velocidade, habilidade e potencial para fazer gols e dar assistências para os companheiros. Infelizmente ele nos deixou, mas temos jogadores que conseguem suprir sua ausência. Um grande time se faz com grandes jogadores, e não podemos ficar lamentando muito a saída de um ou de outro. Os que estão aqui dão conta do recado e ajudam a Roma a conquistar as vitórias.

Bruno Peres está na Roma desde 2016 (Foto: Divulgação)

Na última semana, clubes como Benfica e Galatasaray demonstraram interesse na sua contratação. Qual sua prioridade no momento? Houve contato de outros clubes? Quais?

A minha cabeça está totalmente voltada para a Roma. Estou aqui há mais de uma temporada, tenho contrato por mais um tempo e estou muito feliz e adaptado aqui. Fico feliz por outros clubes demonstrarem interesse em mim, isso mostra que o meu trabalho está sendo bem feito. Mas, se depender de mim, fico aqui por um longo tempo.

O Benfica chegou a fazer proposta de empréstimo, com valor fixado, mas sem obrigatoriedade de compra, mas a Roma não aceitou. Acredita que teria mais chances de atuar no futebol português? O que faltaria para uma negociação se concretizar? Veria com bons olhos?

O futebol italiano é uma grande escola e um sonho para qualquer jogador. Tenho a oportunidade de atuar em um dos maiores clubes do mundo e não penso em sair da Roma neste momento. A Roma fez um alto investimento em mim e não vejo chances de uma liberação, inclusive, também, porque não é o meu desejo. Quero continuar e conquistar muitos títulos com a camisa romanista.

Você teve a oportunidade de jogar uma temporada com o Totti na Roma. Como foi essa relação com ele? O que ele representa para o clube?

Sempre via o Totti na Roma e admirava tudo o que ele representa para o clube. Tive o prazer de estar perto quando ele decidiu encerrar a carreira, e isso vai ficar marcado na minha memória. É um cara do bem, exemplo de profissional e que ama a Roma. Não à toa é considerado um Deus pela torcida romanista, e o nome dele ta gravado para sempre na história do clube e no coração dos torcedores.

O que falta para ele se tornar diretor da Roma? Ele tem o perfil para cargos na direção?

Isso eu não sei, pois é uma coisa muito pessoal, que ele tem que decidir junto à diretoria do clube. Mas, sem dúvida, por todos os anos de vivência no clube e por tudo que ele representa, seria um grande nome para ajudar as pessoas que comandam o clube. Além de ser um grande profissional, ídolo e respeitado por todos os profissionais do meio do futebol.

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