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Brasileiro levanta 'suspeitas' sobre adversário do UFC Uruguai; entenda

Gilbert Durinho fala sobre mudança de categoria, mostra-se 'desconfiado' em relação ao adversário que enfrentará no UFC Uruguai e celebra ida do irmão para o Ultimate

9 ago 2019 - 13h32
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Por Mateus Machado

Gilbert Durinho terá pela frente russo invicto em seu retorno à divisão meio-médio (Foto: SonderMarketing)
Gilbert Durinho terá pela frente russo invicto em seu retorno à divisão meio-médio (Foto: SonderMarketing)
Foto: Lance!

Em boa fase no UFC, onde vem de duas vitórias consecutivas, Gilbert Durinho recebeu uma convocação de última hora para integrar o card do UFC Montevidéu, que será realizado neste sábado (10), no Uruguai. O faixa-preta de Jiu-Jitsu vai substituir o argentino Laureano Staropoli na luta contra o russo Alexey Kunchenko. O duelo vai marcar o retorno do brasileiro à categoria meio-médio após cerca de cinco anos como peso-leve, onde vinha passando por processos cada vez mais complexos de corte de peso.

Além do bom momento vivido na carreira, Gilbert recebeu uma grande notícia nesta semana, quando, na última terça-feira (6), seu irmão, Herbert Burns, foi contratado pelo Ultimate após se destacar no reality show Contender Series. Em entrevista à TATAME no dia seguinte do triunfo de Herbert, Durinho, emocionado, celebrou o feito atingido por seu familiar.

- É irado ver o meu irmão no UFC junto comigo. O trabalho duro recompensa. A luta começou bem nervosa, mas ele conseguiu controlar e finalizar muito bem. Quando vi que ele ganhou o contrato com o UFC eu fiquei 'amarradão', sensação de sonho realizado, por todo sacrifício que ele passou. Agora é trabalhar mais duro ainda para ele chegar ao topo - afirmou o carioca.

Confira a entrevista na íntegra com Gilbert Durinho:

-Ida do irmão Herbert Burns para o UFC

É irado ver o meu irmão no UFC junto comigo. O trabalho duro recompensa. Ele teve uma passagem pelo ONE Championship, mas ele saiu de lá e começou do zero. Consegui trazer ele para os EUA. No começo foi bem difícil, porque tava difícil para arrumar alguma coisa, mas aos poucos eu consegui fechar uma parceria bacana com uma academia, que inicialmente para mim, mas eu vi que meu irmão estava precisando, então consegui colocar a parceria para ele, saí do negócio e deixei ele tomar conta. Hoje em dia, a parceria é dele e ele é um dos donos da academia. Aos poucos, ele conseguiu se manter nos EUA, a viver bem lá, conseguiu o visto dele. Depois, começamos a trabalhar com alguns empresários e não deu muito certo. Também foi difícil fechar algumas lutas para ele. Eu acabei fazendo contato com o dono do Titan FC e ele fez a primeira luta no Cazaquistão com uma vitória boa. Depois que fechei a segunda luta, ele teve várias lesões no meio do caminho, algumas lutas foram canceladas.

Quando, enfim, fechamos a luta, a gente ficou sabendo que o Dana White estaria no evento para um reality show que ele organiza. Ele lutou numa sexta-feira e eu lutaria pelo UFC no dia seguinte, então eu não pude estar presente, mas ele conseguiu lutar bem, venceu bem demais e conseguiu o convite para lutar o Contender Series. Com isso, aconteceram outras várias coisas, como lesões, ele não conseguiu passar em alguns exames, precisou refazer, foi uma dor de cabeça para conseguir mantê-lo focado. Eu sabia que se ele desse o máximo, conseguiria o contrato com o UFC. Ele lutou esta semana e eu fiquei vendo muito nervoso aqui do Uruguai. A luta começou bem nervosa, mas ele conseguiu controlar e finalizar muito bem. Quando vi que ele ganhou o contrato com o UFC eu fiquei 'amarradão', sensação de sonho realizado, por todo sacrifício que ele passou. Agora é trabalhar mais duro ainda para ele chegar ao topo.

-Fato de ter aceitado a luta com poucos dias de antecedência

Na verdade, eu já vinha treinando desde a minha última luta. Eu já estava perturbando o Sean Shelby (matchmaker do UFC) para ele me arrumar luta. Ele me ofereceu o mês de julho, agosto, setembro e enquanto isso eu estava segurando a dieta pra caramba. Quando eu vi que ficou ruim, eu decidi subir de categoria e comuniquei ele. Eu vinha ajudando o Robbie Lawler para a última luta dele e outros parceiros de treino, treinando forte demais, na esperança de pintar uma luta. Quando o UFC ligou, eu não tive nem dúvida. Só pedi 10 minutos para avisar aos meus treinadores e ligar de volta e aceitar a luta. Nessa última semana, todo mundo tentou me 'matar' no camp para eu estar preparado (risos), foi sinistro. Estou muito confiante. Foi uma preparação mais curta, mas eu estou muito preparado para vencer novamente.

-Análise do adversário e 'suspeitas' sobre ele

Ele tem um estilo bem parecido com o pessoal lá da academia, que são da trocação, que gostam de nocautear, mas que tem um jogo bem simples, que não tem golpe giratório ou golpes mais plásticos. Ele é do jeito que eu gosto. Mas quando esse cara entrou no UFC, eu levantei algumas suspeitas. Porque antes de chegar ao UFC ele era igual um trator, o bicho era 'blindado', nocauteava todo mundo. Quando chegou no UFC, o 'shape' dele já mudou, a característica dele também, agora ele já luta mais cadenciado, querendo pontuar. Eu fico desconfiado… Porque antes, quando não tinha a USADA e ele lutava em evento russo, ele deveria estar usado bastante coisa, e agora no UFC, com a regulamentação da USADA, ele teve que mudar. Isso me deixa confiante, porque é um cara que não teve as performances que estava tendo antes de ir para o UFC. Ele nunca lutou com um cara tão gabaritado como eu. Eu me vejo confiante para vencer essa luta, é um bom duelo para mim e acho que meu jogo vai encaixar, tanto na luta em pé quanto no chão.

-Balanço dos cinco anos lutando pelo UFC

Eu tenho oito vitórias e três derrotas no UFC. Dessas oito, só duas são por decisão dos árbitros. Eu sou um cara que entra para decidir a luta, sempre foi o meu estilo e eu tive que ir aperfeiçoando com o tempo. Também tive algumas derrotas que foram me moldando e me melhorando, que tiveram que acontecer para eu evoluir. Mas eu me vejo a cada dia como um lutador mais completo. Estou buscando meu lugar no ranking e acho que essa luta vai ser mais um passo importante na minha carreira, voltando para a categoria de cima. Uma vitória dominante já me coloca numa situação legal, por isso que eu aceitei essa luta.

CARD COMPLETO:

UFC Montevidéu

Sábado, 10 de agosto de 2019

Montevidéu, no Uruguai

Card principal

Peso-mosca: Valentina Shevchenko x Liz Carmouche

Peso-meio-médio: Vicente Luque x Mike Perry

Peso-pena: Luiz Eduardo Garagorri x Humberto Bandenay

Peso-meio-pesado: Volkan Oezdemir x Ilir Latifi

Peso-médio: Rodolfo Vieira x Oskar Piechota

Peso-pena: Enrique Barzola x Bobby Mofett

Card preliminar

Peso-pesado: Ciryl Gané x Raphael Bebezão

Peso-meio-médio: Gilbert Durinho x Alexey Kunchenko

Peso-palha: Tecia Torres x Marina Rodriguez

Peso-mosca: Rogério Bontorin x Raulian Paiva

Peso-galo: Geraldo de Freitas x Chris Gutierrez

Peso-leve: Rodrigo Kazula x Alex Leko

Peso-mosca: Veronica Macedo x Polyana Viana

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