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LANCE!

Botafogo é valente, mas expulsão pesa e equipe sucumbe à pressão

Alvinegro teve interessante tática de intensidade no primeiro tempo, mas cartão vermelho é motivo direto para queda de rendimento e derrota nos acréscimos

7 nov 2019 - 23h19
(atualizado às 23h31)
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O Botafogo saiu derrotado do clássico. Por mais que a postura, principalmente no que diz respeito à intensidade, da equipe de Alberto Valentim tenha mudado, isto ainda não foi suficiente para bater o Flamengo de Jorge Jesus, que permanece líder do Campeonato Brasileiro. O LANCE! analisa a atuação do Glorioso.

COMEÇO INTENSO

Vitor Silva/Botafogo

O Botafogo de Alberto Valentim tinha um claro problema desde o retorno do treinador: a falta de intensidade sem a bola. Quando defendia, o Alvinegro não incomodava o adversário, que tinha liberdade para finalizar e construir jogadas sem receber pressão.

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Contra o Flamengo, líder do Brasileirão, isso mudou. O Botafogo teve um início intenso, forte e até melhor, principalmente na metade inicial do primeiro tempo. O Alvinegro não deu espaços para o Rubro-Negro avançar e, na base da correria e da cobertura do gramado, respondia ofensivamente por meio de contra-ataques. O Glorioso teve, pelo menos, três chances para abrir o placar: na melhor, Luiz Fernando parou em Pablo Marí, dentro da área.

RITMO CAIU

Alexandre Vidal / Flamengo

Por manter um ritmo tão intenso nos primeiros 25 minutos, uma consequência quase que natural seria a equipe diminuir o ritmo. No ataque, a equipe ficou mais cautelosa, mas as coordenações táticas não pararam na defesa. Apesar de marcar em bloco baixo, já que o Flamengo tinha a posse de bola, o Rubro-Negro não teve nenhuma chance real de gol e limitou-se a cruzamentos.

O primeiro tempo terminou em 0 a 0 muito pela marcação do Botafogo nos lados do campo, evitando que o Flamengo criasse jogadas em profundidade entre os pontas e os laterais. Neste sentido, João Paulo - principalmente -, Fernando e Yuri foram importantes.

LANCE CAPITAL

Alexandre Vidal / Flamengo

O segundo tempo prometia ter um desenho semelhante aos primeiros 45 minutos: Flamengo com a bola, buscando triangulações perto da área e um Botafogo marcando em bloco baixo, esperando a hora de contra-atacar. Tudo levava a crer que as estratégias não mudariam.

A partida, porém, teve um lance capital. Luiz Fernando, aos 10 minutos, errou um passe no campo de ataque, correu para a defesa e, tentando compensar, fez uma falta em Bruno Henrique na entrada da área. O camisa 9, porém, não contava que levaria o segundo cartão amarelo e, consequentemente, seria expulso. O Botafogo jogaria os 35 minutos restante com um atleta a menos.

LIMITOU-SE A DEFENDER

Vitor Silva/Botafogo

Se a parte inicial de todos os ataques do Botafogo era uma boa ação no campo de defesa, o sistema ofensivo do Alvinegro, obviamente, ficou prejudicado, já que o único jogador do Glorioso que ficou na segunda metade do campo foi Igor Cássio que, lutando contra Rodrigo Caio e Pablo Marí, não conseguiu criar muita coisa.

A partida virou um verdadeiro ataque contra defesa. Mesmo assim, o Flamengo continuou sem criar chances reais de gol e limitando as jogadas em bolas alçadas na área. Mesmo assim, o volume da equipe de Jorge Jesus era muito maior.

GOLPE FATAL

Alexandre Vidal / Flamengo

O valente Botafogo teve um castigo no fim: o gol de Lincoln saiu aos 43 minutos do segundo tempo, quando Bruno Henrique acertou um cruzamento. O clube de General Severiano, que tanto se defendeu, falhou em um dos últimos lances da partida.

Botafogo segurou o Flamengo enquanto pôde, mas acabou derrotado após expulsão (Alexandre Vidal / Flamengo)
Botafogo segurou o Flamengo enquanto pôde, mas acabou derrotado após expulsão (Alexandre Vidal / Flamengo)
Foto: Lance!
Lance!
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