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Após virada, Mano consegue outra 'novidade': um centroavante preciso

Após o time sofrer com Deyverson e Borja sob o comando de Luiz Felipe Scolari, técnico estreou no Allianz pelo Palmeiras com Luiz Adriano fazendo três gols sobre o Fluminense

10 set 2019 - 23h52
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Mano Menezes segue com 100% de aproveitamento no comando do Palmeiras, e com mais uma "novidade" em relação ao seu antecessor. Se no sábado, diante do Goiás, o time venceu com uma virada que Luiz Felipe Scolari jamais tinha conseguido em mais de um ano, nesta terça-feira, a vitória por 3 a 0 sobre o Fluminense, no Allianz Parque, teve o que faltou ao antigo técnico: um centroavante preciso como Luiz Adriano, que balançou as redes três vezes.

Luiz Adriano jogou de frente ao gol, como nem sempre ocorria com Felipão (Marcello Fim/Ofotografico/Lancepress!)
Luiz Adriano jogou de frente ao gol, como nem sempre ocorria com Felipão (Marcello Fim/Ofotografico/Lancepress!)
Foto: Lance!

Deyverson fez gols importantes na campanha do título brasileiro, e Borja terminou 2018 como artilheiro do Campeonato Paulista e da Libertadores. Mas a atual temporada teve raríssimos bons momentos de nenhum deles. Ao menos, nada próximo do que Luiz Adriano apresentou nesta noite, suficiente até para o time superar um primeiro tempo bem fraco.

A precisão do camisa 10, que atuou como um verdeiro 9, fica clara nos seus números do Footstats. Ninguém na partida finalizou mais do que suas quatro tentativas. Três delas foram na direção do gol, exatamente as três que balançaram as redes. Feitos que ditaram o confronto diretamente.

O Verdão começou com dez minutos empolgantes. Na estreia de Mano como técnico do clube no Allianz Parque, a equipe deu a saída de bola e levou 1min40s para deixar o Fluminense dominá-la. Os anfitriões chegaram a ter mais de 70% de posse de bola e, aos oito, Luiz Adriano fez o gol como um centroavante deve fazer: bem posicionado para aproveitar um rebote.

Esse e os outros gols de Luiz Adriano têm, sim, mérito do novo treinador. Com Felipão, o centroavante era a principal, e muitas vezes a única, forma de saída de bola. Precisava estar no meio-campo para dar a "casquinha", o que complicava para estar de frente para o gol quando a jogada continuasse. Sem a obrigação para fazer o time sair da defesa, o camisa 10 foi eficiente.

Mas esse é o saldo positivo final. Após abrir o placar, o Palmeiras foi perdendo posse de bola, desajustou a marcação e foi para o intervalo vendo o Fluminense dominando o confronto. Paulo Henrique Ganso se mexia muito e pouco foi encontrado por Felipe Melo e Bruno Henrique, que jogaram alinhados nesta terça-feira. Nenê também dava muito trabalho.

O time carioca, porém, perdeu grande chance com João Pedro. O que mostra a desvantagem de não contar com alguém tão preciso como Luiz Adriano. Ter outro com essa capacidade de finalização na noite fez falta ao próprio Palmeiras, quando Gustavo Scarpa, ainda no primeiro tempo, perdeu chance clara, com passe do próprio Luiz Adriano.

No segundo tempo, o Palmeiras conseguiu encontrar mais os jogadores do Fluminense, ganhando divididas, inclusiva com um desarme salvador de Marcos Rocha. E tinha velocidade para, trocando passes com a bola no chão, como prometeu Mano Menezes, tirar qualquer perigo de perder três pontos.

Na etapa final, foram os visitantes no Allianz Parque que não encontraram Luiz Adriano. Mérito do atacante, que balançou as redes aos 12 e aos 17 minutos. O confronto estava decidido. E não teve mais gols porque Muriel fez bela defesa em cabeçada de Willian. Uma justiça, já que a noite, definitivamente, era do camisa 10 do Verdão.

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