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Aleksandr Golovin: um dos nomes da Copa e principal esperança da Rússia

Atleta de 22 anos vem de bons desempenhos em grandes competições e tem tudo para assumir o próximo nível no cenário do futebol mundial

14 jul 2018 - 08h33
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A Copa do Mundo, por toda sua importância e peso no contexto do futebol mundial, representa o maior nível técnico, emocional e mental do esporte, já que reúne - em tese - as melhores seleções do planeta, que se preparam em um ciclo de quatro anos para tentarem ficar marcados na história da maior modalidade esportiva da Terra.

(Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP)
(Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP)
Foto: Lance!

Na Rússia, as opiniões que envolviam a seleção 'da casa' eram, em grande parte, bem ruins, já que a equipe passou por um momento conturbado, com troca de treinadores e pouco destaque individual, antes do começo da competição. Em grupo com Uruguai, Arábia Saudita e Egito, o esperado era ver os anfitriões sendo eliminados mais cedo.

Mas, como o futebol é um esporte que sobrevive sem a lógica e a razão, os russos surpreenderam a todos. Stanislav Cherchesov, antes contestado, achou a maneira correta de dispor os onze jogadores em campo e, com o abraço dos torcedores vindos da arquibancada, a Rússia chegou às quartas de final. Individualmente, porém, alguns nomes se destacaram, como o do meia Aleksandr Golovin.

Criado nas categorias de base do CSKA, Golovin é um prodígio: fez parte dos elencos do Europeu Sub-17 em 2013 e do Europeu Sub-19 em 2015, em que a Rússia foi, respectivamente, campeã e vice. No final da temporada 2015-16, o meia passou a ser figurinha carimbada nas escalações de um dos maiores clubes do seu país e, desde então, vem impressionando muitos torcedores e olheiros que o acompanham.

Estreia em Copas

Na última temporada, foram sete gols, seis assistências e o fardo de se tornar o jogador mais importante do CSKA, mesmo com 22 anos. O negócio evoluiu e a importância de Golovin se tornou nacional: ele era o maior expoente da Seleção Russa em uma Copa do Mundo no seu próprio país.

14 de junho. Além da estreia do maior evento esportivo do mundo, era o jogo inaugural de uma seleção que possuía mais incertezas do que qualidades. Golovin, por consequência, era o centro das atenções no Estádio Luzhniki, mas não sentiu o peso de carregar o maior país do planeta: na vitória por 5 a 0, um gol, duas assistências e oito intervenções defensivas.

Ao lado de Mário Fernandes, Akinfeev, Kutepov e Dzyuba, Golovin foi peça fundamental para a melhor campanha da Rússia como nação independente em Copas do Mundo. Nas oitavas, o maior triunfo da história do futebol russo: após um empate em 1 a 1, a vitória sobre a Espanha, considerada uma das favoritas, na disputa de pênaltis. Na fase seguinte, a mesmas penalidades máximas eliminariam a Rússia, com a Croácia, futura finalista, vencendo.

Golovin, mesmo com 22 anos, foi o grande expoente do grande momento de destaque da Rússia no século, 'ultrapassando' a campanha na Eurocopa em 2008. A Rússia, que passava por tantos problemas, fez valer o mando de campo e foi uma das maiores surpresas do torneio.

Características e futuro: o que espera por Golovin?

No CSKA, o russo atuava mais como um meia central, um verdadeiro articulador e criador de jogadas. Na estreia da Copa, com a lesão de Dzagoev ainda no primeiro tempo, foi deslocado por Chechesov para o lado esquerdo do campo e conseguiu números impressionantes: 71% de sucesso nos dribles e 43% dos duelos ganhos.

Golovin, antes conhecido 'apenas' por sua qualidade técnica acima da média, principalmente em jogadas de bolas paradas e na parte que envolve dribles e controle de bola, mostrou ao mundo sua característica na contribuição defensiva. O atleta foi um dos jogadores que mais percorreu espaços na Copa, sendo parte fundamental na parte tática - fator que foi muito importante na partida contra a Espanha.

Para o futuro, muito provavelmente Golovin não permanecerá no CSKA Moscou. Após tamanho destaque na Copa do Mundo e bom desempenho na última Europa League, o destino do russo deve ser uma das cinco grandes ligas do continente. Antes do Mundial, era muito especulado no Arsenal, mas entrou, de acordo com muitos portais ingleses, no radar do Chelsea nas últimas semanas.

Se Golovin permanecer nesse crescimento, tem tudo para entrar na prateleira dos grandes jogadores do mundo em alguns anos. Desde Andrey Arshavin, atacante que despontou em 2008 mas não conseguiu repetir as boas atuações no Arsenal em anos posteriores e acabou sendo esquecido, nenhum jogador russo trazia tanta esperança para o cenário do esporte.

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