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Aguirre 'rodou' bastante o elenco em Galo e Inter; vai repetir no Tricolor?

Treinador uruguaio utilizou quase 40 jogadores no Internacional e no Atlético-MG; característica deve resultar em mais jogadores da base em campo pelo São Paulo

13 mar 2018 - 06h39
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Apresentado como novo técnico do São Paulo na última segunda (12), Diego Aguirre tem uma característica pouco comum para a cultura futebol brasileiro: o rodízio de jogadores durante a temporada. O levantamento feito pelo LANCE! mostra que o treinador uruguaio utilizou quase 40 jogadores diferentes quando dirigiu o Internacional, em 2015, e o Atlético-MG, no primeiro semestre do ano seguinte. Na prática, significa que o comandante deve dar chance para todos no Tricolor.

Diego Aguirre assinou contrato com o São Paulo até o fim desta temporada (Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Diego Aguirre assinou contrato com o São Paulo até o fim desta temporada (Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Foto: Lance!

Campeão gaúcho e semifinalista da Copa Libertadores pelo Colorado, Aguirre comandou a equipe de Porto Alegre em 47 partidas oficiais. Ao todo, colocou em campo 39 atletas durante o período e conseguiu 24 vitórias, 15 empates e oito derrotas, somando 61,7% de aproveitamento dos pontos disputados.

Quando foi contratado para assumir o Galo, o uruguaio demonstrou postura muito semelhante e, em 29 jogos - desconsiderados os amistosos de pré-temporada - escalou 36 nomes diferentes com a camisa do clube mineiro. Por lá, Aguirre fez 29 partidas, com um histórico de 14 vitórias, sete empates e oito derrotas, o que lhe rendeu 56,3% de retrospecto.

Atualmente, o elenco do São Paulo tem pouco mais de 30 jogadores, considerando os garotos promovidos do CT de Cotia e os nomes que estão no departamento médico. A tendência é de que Aguirre faça um rodízio entre os atletas e nomes pouco utilizados no clube, como Paulo Henrique, Pedro Augusto, Lucas Fernandes, Bissoli e Paulo Boia devem ganhar oportunidades no Tricolor com a nova comissão técnica.

O treinador não tem problema em falar sobre o assunto. Na opinião do uruguaio, o calendário apertado do futebol brasileiro e os grandes deslocamentos pelo país nas competições nacionais obrigam a revezar os atletas para manter uma equipe competitiva durante toda a temporada.

- É uma coisa que você pode trabalhar bem, ter um grande elenco e ficar perto de um título. Com o Inter chegamos na semifinal da Libertadores e, no futebol, ganhar ou perder a diferença é mínima. Acredito no trabalho. Quero ganhar e quero ser campeão. Tenho a convicção do meu trabalho e sei que é possível ganhar alguma coisa importante - disse o uruguaio quando questionado sobre o tema em sua apresentação no Tricolor do Morumbi.

Apesar de o panorama ser positivo para os jogadores que não tiveram tanta chance com Dorival Júnior, o rodízio deve demorar mais do que o habitual para ser aplicado. Afinal, o São Paulo está nas quartas de final do Campeonato Paulista, na terceira fase da Copa do Brasil e, em um mês, estreia na Copa Sul-Americana contra o Rosário Central, na Argentina.

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