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LANCE!

Acostumada a resolver, Monique tenta levar Sesc à 14ª final seguida

Habituada a sair de situações adversas em suas passagens pelo Rio, oposta é uma das armas em temporada de altos e baixos. Vitória sobre o Camponesa/Minas garante vaga

31 mar 2018 - 08h08
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O Sesc-RJ conta com a estrela de Monique para, mais uma vez em sua história, concretizar uma virada inesquecível. A oposto é uma das armas do time de Bernardinho para a partida contra o Camponesa/Minas neste sábado, às 15h, na Jeunesse Arena, no Rio, que vale a classificação para a 14 final consecutiva da Superliga Cimed feminina de vôlei. Se as mineiras vencerem, forçarão o quarto confronto.

Aos 31 anos, a jogadora é a personagem da vez de uma reviravolta da equipe carioca. E isso não é novidade. A reação comandada por ela ao sair do banco de reservas há uma semana, quando o Sesc-RJ perdia o primeiro duelo da série melhor de cinco por 2 sets a 0, com 24 a 20 no terceiro set, em Belo Horizonte, entrou para uma lista de diversos casos de frieza e foco no momento decisivo do jogo para reverter um quadro delicado.

Em sua sexta temporada no time, a atacante já decidiu tie-break em uma final, na edição 2008/2009, e ajudou o grupo a sair do "buraco" em outras duas semifinais, em 2015/2016 e 2016/2017 (veja os detalhes abaixo).

- A mais especial foi em 2009, quando eu era reserva e o time estava jogando a final da Superliga. Estávamos perdendo, mas eu entrei e conseguimos virar a partida e sair campeãs! Um título nessa Superliga seria muito especial, pois cada uma tem um aprendizado diferente. Ser coroada no final seria surpreendente - afirmou Monique, ao LANCE!.

A história da vez é cercada de tensões. Isso porque a oposto sofreu um estiramento no abdômen na reta final da fase classificatória, e perdeu os primeiros jogos dos playoffs, contra o Pinheiros. Antes, em fevereiro, discutiu com Bernardinho durante um pedido de tempo na derrota para o próprio Minas. Agora, a confiança já está do lado carioca.

- Enquanto estive fora, me preocupei em recuperar a lesão, manter minha parte física e continuar cuidando do corpo para quando eu voltasse estar bem fisicamente e mentalmente. Não joguei em nenhum momento com dor - disse a atleta.

O vencedor desta série terá pela frente na decisão Dentil/Praia Clube ou Vôlei Nestlé. O time de Uberlândia vence a série por 2 a 1.

BATE-BOLA

Monique

Oposto do Sesc-RJ

'Ser convocada agora seria muito especial'

Você parece ter encontrado seu melhor jogo justamente na reta decisiva. Como explica isso?

Eu me preparei ao longo da temporada para chegar nesse momento e dar o meu melhor. Tudo isso é consequência do trabalho feito durante toda a competição. Eu sabia que se estivesse bem, fisicamente e mentalmente, ajudaria ao retornar.

O Minas parece abatido. Acha que a confiança de vocês pode fazer a diferença nessa série?

Entrar numa semifinal confiante com certeza ajudaria nosso time pra fazer um bom jogo. Vamos em busca de mais uma vitória dentro de casa.

Você ainda pensa na Seleção?

Esse ano é ano de Mundial, e ser convocada seria muito especial para mim! Ficaria muito feliz de ser lembrada num ano tão importante.

AS VIRADAS DO RIO

2006/2007

Rexona-Ades, como o Sesc-RJ era chamado, e Finasa/Osasco (atual Vôlei Nestlé) decidiram a taça no quinto jogo. No tie-break, o time de Osasco abriu 7 a 3, mas as cariocas reagiram e asseguraram a conquista em casa. Regiane foi destaque.

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2008/2009

O Rexona começou a série, em melhor de três, com derrota para o extinto Brasil Telecom, de Brusque (SC), e chegou a estar perdendo a segunda partida. A virada veio com Carol Gattaz, levando a decisão para o jogo 3. O time carioca acabaria campeão ao bater o Finasa, em manhã de gala de Monique, no Maracanãzinho. Na época com 22 anos, a oposto saiu do banco de reservas, fez a diferença e foi escolhida a melhor jogadora da partida.

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2009/2010

A equipe carioca mais uma vez iniciou a série semifinal atrás, desta vez contra o Blausiegel/São Caetano, de Fofão, Mari e Sheilla, mas triunfou nas duas partidas seguintes para avançar à decisão, quando perdeu o título para o Sollys/Osasco, no Maracanãzinho.

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2012/2013

Na decisão em jogo único, o time do Rio, na época chamado Unilever, viu o Sollys/Nestlé abrir 2 a 0 e ficar a um set do título, no Ibirapuera. Sob o comando de Natália, buscou a reação e saiu com a taça.

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2015/2016

Com Monique, o Rexona começou a semifinal, em melhor de três, atrás, ao perder para o Vôlei Nestlé. No jogo 2, a equipe de Osasco chegou a estar vencendo o terceiro set com folga, mas não resistiu à reação do rival, que igualou a série, avançou à final e faturou o título contra o Dentil/Praia Clube, em Brasília.

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2016/2017

Após vencer o jogo 1 da semifinal contra o Camponesa/Minas, o Sesc-RJ perdeu as duas partidas seguintes, em casa, e ficou perto de ser eliminado. Mas conseguiu a reação nas duas partidas seguintes e faturou o 12º título, ao bater o Vôlei Nestlé na final, na Jeunesse Arena. Monique mais uma vez estava lá.

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2017/2018

O Sesc-RJ perdia o primeiro jogo da semi por 2 a 0 e viu o Camponesa/Minas abrir 24 a 20. Com Monique inspirada, virou o jogo, igualou a série e agora tem a chance de selar mais uma virada na história.

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