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'À vontade', Marcinho crê em reação com Barroca e fala sobre vaias: 'Nunca me influenciaram'

Titular da lateral direita conversou com exclusividade com o LANCE! e projetou o Alvinegro, agora comandado por Barroca, seu conhecido nos tempos de base, no Brasileirão

26 abr 2019 - 06h09
(atualizado às 06h09)
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- Conheço há muitos anos e me sinto muito à vontade com o Barroca.

Assim, Marcinho finalizou a entrevista exclusiva concedida ao LANCE!, nesta semana, às vésperas da estreia de Eduardo Barroca pelos profissionais do Botafogo e do clube no Campeonato Brasileiro, diante do São Paulo, neste sábado (16h), no Morumbi. Titular e já vencedor com o treinador nos tempos de base, o lateral-direito respira otimismo para a temporada.

- Ficamos muito feliz com a chegada do Barroca. Foi um baque para a gente. Querendo ou não, no futebol, há quase três anos que trabalhamos juntos, e ele veio com novos trabalhos, coisas novas e nos surpreendeu nesse sentido. Os treinos têm sido muito bons, bem intensos, como eram na base, e a expectativa é a melhor possível.

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Vamos juntos @diegosouzads87 @ferrareis17

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Aos 22 anos, Marcinho foi titular no título brasileiro sub-20 em 2016, quando o Botafogo de Barroca superou o Corinthians em Itaquera. Para o defensor, não bastasse o fato de muitos jovens do atual elenco já conhecerem o técnico, a mudança de comando é um fator que "motiva mais". E ele não se esquivou: houve uma reunião do grupo em tom de cobrança após a queda na Copa do Brasil, que culminou na demissão de Zé Ricardo.

- Sempre que tem uma troca de treinador, o grupo se motiva mais, pois isso demonstra que tem algo errado, não só com o treinador, que geralmente é o cara crucificado. Todos têm que se motivar e tirar força de onde não existe. É uma fase difícil, mas também os recomeços são importantes, porque é na crise que você cresce e aprende. Agora é renovar as energias para evoluir.

- Teve uma reunião, sim, era necessário acontecer. A eliminação (na Copa do Brasil) era algo que não esperávamos. Fizemos um excelente jogo aqui contra o Juventude, mas, infelizmente, as coisas não aconteceram lá para a gente, futebol é assim. Porém sentimos que era momento de mudar, tudo estava errado, não podíamos ser eliminados da forma que aconteceu, com o treinador sendo demitido, ainda mais sendo um treinador que abraçava muito o grupo, um excelente profissional, e então vimos que tínhamos que mudar e, como falei, aproveitar um novo recomeço - concluiu.

Por fim, Marcinho, que tem sido muito cobrado em alguns jogos, afirmou que as vaias da torcida não interferem em nada o seu desempenho e explicou o seu principal método para não se desvirtuar em campo: sessões semanais de coaching com o profissional Lulinha Tavares.

- Estou muito feliz (com o rendimento). Essa questão de torcida (vaias) não vai me influenciar, nunca me influenciou, trabalho todo dia aqui (Nilton Santos), então, isso para mim, pouco importa - disse o camisa 4, completando:

- Como sempre falo do meu coach Lulinha Tavares, tem que ter pensamentos positivos, acreditar no que você faz, se você não acreditar em você mesmo, as coisas não vão andar. Ninguém vai te convencer de que você é bom. Tenho a cabeça boa, confiança no que faço. Não cheguei aqui à toa. As coisas caminham para mim, é uma soma de trabalho, dedicação e concentração, e eu me sinto à vontade e feliz com o que estou fazendo no Botafogo.

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- Acho que ele não estava mais se sentindo bem com a gente por ter sido demitido, foi uma escolha dele, que, com certeza, deve ter se arrependido (de ter passado pelo saguão). Infelizmente, ele passou por aquele episódio lamentável para o futebol.

PROJEÇÃO BRASILEIRO

- Muito difícil, campeonato gigante. Times que talvez pudessem disputar o título, podem não disputar ao entrar numa má fase. Segredo é ir jogo a jogo, tentar não perder fora de casa e conquistar os três pontos em casa. São vários jogos, lesões vêm, jogadores saem, então é muito difícil projetar uma campanha. As nossas são as melhores possíveis, tentar alcançar uma Libertadores, quem sabe um título? Podem acontecer surpresas. Sempre entramos para fazer o melhor possível.

AVALIAÇÃO DE MAIS DE 1 ANO COMO TITULAR

- Para mim, a avaliação é muito mais do que positiva. Voltei de uma lesão após dez meses (no joelho), passei a jogar (como titular, com Alberto Valentim), fui campeão do Carioca, joguei o Brasileiro quase que inteiro, meus números de assistências foram muitos bons, assim como os defensivos. Os números provam o quanto foi positivo e vem sendo esse meu período como titular aqui.

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