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Juiz rejeita pedido de liberdade e Ronaldinho continuará preso no Paraguai

10 mar 2020 - 12h29
(atualizado às 19h27)
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O ex-jogador da seleção brasileira Ronaldinho Gaúcho e o irmão Assis continuarão em prisão preventiva no Paraguai enquanto são investigados pela Justiça por terem utilizado passaportes com conteúdo adulterado para ingressar no país.

Ronaldinho e Assis, algemados, na Suprema Corte do Paraguai
07/03/2020
REUTERS/Jorge Adorno
Ronaldinho e Assis, algemados, na Suprema Corte do Paraguai 07/03/2020 REUTERS/Jorge Adorno
Foto: Reuters

O juiz Gustavo Amarilla rejeitou nesta terça-feira um pedido da defesa para que ambos fossem beneficiados com liberdade condicional ou prisão domiciliar.

"A resolução é manter a medida cautelar de prisão na Agrupação Especializada, em livre comunicação e à disposição do tribunal", disse o magistrado a repórteres.

"Existem numerosas diligências que ainda são necessárias... A liberdade de Ronaldinho poderia ocasionar obstrução ou fuga. A necessidade é que esteja presente no país", acrescentou.

Ronaldinho e seu irmão, Roberto de Assis Moreira, foram detidos na noite de sexta-feira em um hotel da capital paraguaia e transferidos para a Agrupação Especializada, um quartel da polícia que abriga presos de renome.

A Procuradoria-Geral os acusou de usar documentos públicos de conteúdo falso, um crime que pode acarretar uma pena de até 5 anos de prisão.

A defesa apresentou como fiança um imóvel situado nos arredores de Assunção avaliado em cerca de 800 mil dólares, mas a Procuradoria-Geral o considerou insuficiente e se opôs à liberdade condicional.

"Estamos investigando condutas que poderiam estar associadas", disse o procurador Marcelo Pecchi. "Se estas pessoas partem neste momento, já não poderão ser submetidas a um processo, porque o Brasil não extradita seus cidadãos."

Em comunicado nesta terça-feira, o Ministério da Justiça do Brasil informou que "manteve contato com autoridade paraguaia com o intuito de conhecer os fatos envolvendo a presão do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis", mas negou que tenha buscado interferir no processo.

O presidente paraguaio, Mario Abdo, disse em entrevista a um canal de televisão na segunda-feira que o ministro da Justiça, Sergio Moro, entrou em contato com autoridades locais para saber mais sobre o assunto.

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