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Jogos Pan-Americanos

Acusado de abuso sexual no Pan, Andrey busca redenção no Carioca

29 jan 2016 - 14h33
(atualizado às 14h46)
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Sem celular, é no silêncio que Andrey segue sua trajetória no futebol. O goleiro de apenas 22 anos ainda se recupera do trauma sofrido após a participação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015. O sonho de defender a Seleção Brasileira em uma competição internacional se tornou um pesadelo ao receber a notícia de que ele e o companheiro de delegação, Lucas Piazon, estavam sendo acusados de abuso sexual contra uma canadense de 21 anos.

Atualmente Andrey está na Cabofriense, time que irá disputar a divisão de elite do Campeonato Carioca de 2016. Lá, tenta recuperar o tempo perdido e o nome manchado. Emprestado pelo Botafogo-SP, clube que venceu a Série D em 2015, o goleiro busca se apoiar na família, um dos principais motivos para ele ter escolhido o clube do interior do Rio de Janeiro. Nascido na capital fluminense, Andrey busca esquecer o que passou e se destacar por aquilo que fez em campo e o levou a representar seu país no Canadá.

Na última quarta-feira Lucas Piazon, companheiro de Andrey no Pan-Americano de Toronto, recebeu a notícia pela qual mais esperava: o arquivamento das acusações envolvendo seu nome no caso de abuso sexual. O jogador que pertence ao Chelsea, mas que está emprestado ao Reading, clube da Segunda Divisão inglesa, enfrentava um processo diferente de Andrey, no qual só seria preso caso entrasse na província de Ontario. Já o goleiro da Cabofriense poderia parar atrás das grades se ousasse sair do Brasil.

Andrey espera ansiosamente pelo mesmo desfecho e confia que terá um final feliz nesta temporada, não só dentro dos gramados, conquistando a titularidade e chamando a atenção de grandes clubes no Campeonato Carioca, mas fora dele também. Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, o jovem goleiro afirmou estar de consciência tranquila, focado em seu novo trabalho e garante que não teve culpa alguma em tudo o que aconteceu.

“Eu acho que não tenho que provar nada para ninguém, o importante é eu estar com a minha consciência limpa e é isso que vale no momento. Eu estou bem tranquilo, sei que eu não fiz nada e tudo vai ser resolvido, se Deus quiser”, disse.

Tudo teria acontecido quando Andrey e Lucas Piazon teriam ido à uma casa noturna na cidade de Toronto. Lá, eles haviam conhecido uma garota e decidiram acompanha-la até em casa, segundo a justiça local. Ambos teriam esperado ela dormir para cometer o abuso, fato negado durante todo o tempo pela defesa dos jogadores. Depois de se despedirem do Canadá, Andrey admitiu que nunca mais teve contato com Piazon.

“Cara, a gente nunca mais se falou, até por que eu estou sem celular. Mas é como eu disse, eu estou bem tranquilo, com a minha mente bem tranquila. Tudo vai dar certo e tenho certeza que 2016 vai ser um ano maravilhoso”, declarou Andrey, confiando que também será inocentado do caso e evitando dar mais detalhes do trágico episódio.

Agora, ele terá o desafio de conquistar seu espaço dentro da Cabofriense. Lá, reencontrou o técnico Eduardo Húngaro, com quem já havia trabalhado no Botafogo do Rio de Janeiro, clube que o revelou. Ele afirma que não pretende voltar à Seleção no momento, quer usar o torneio estadual para se destacar e receber uma oportunidade em um grande clube. Neste domingo sua equipe estreia no Carioca, contra o América. Neste domingo, terá a oportunidade de escrever uma nova história, marcada pelos feitos em campo e permanecer no maior anonimato possível fora dele.

*especial para a Gazeta Esportiva

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