Venturini prevê seleções niveladas: "Olimpíada da superação"
Seleção feminina de vôlei estreia diante da Coréia do Sul neste domingo, às 9h45 (de Brasília)
A Seleção Brasileira feminina de vôlei estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio diante da Coréia do Sul, neste domingo, às 9h45 (de Brasília), na Arena Ariake, no Japão. E a ex-levantadora Fernanda Venturini, medalha de bronze na Olimpíada de Atlanta-96, não elege nenhum destaque individual no time de José Roberto Guimarães e aposta na força do conjunto para o Brasil se dar bem na competição.
“O grupo é muito forte e é o grande destaque”, disse em entrevista ao Terra. “A Fernanda Garay vai estar na melhor forma, assim como a Tandara, Gabi, Natália. A Macris está se se firmando como uma levantadora experiente”, destacou ela, que jogava na mesma posição.
A ex-jogadora de vôlei analisou todos os adversários do Brasil no Grupo A: Coréia do Sul, Sérvia, Japão, Quênia e República Dominicana. “A Coréia do Sul sempre foi uma pedra no nosso sapato e jogam bem. A Sérvia joga muito. O Japão cresce jogando em casa e parece que fica mais forte. O Quênia a gente desconsidera e a República Dominicana, do Marquinhos (Marcos Kwiek), tem que ter respeito", falou a ex-camisa 14 canarinho, que disputou quatro Jogos Olímpicos.
Vale lembrar que Marcos Kwiek foi ex-auxiliar de José Roberto Guimarães na Seleção Brasileira feminina de vôlei e conhece muito bem as jogadoras brasileiras. “Não é uma chave fácil, também não é complicada. Não se pode bobear”, alertou.
Fernanda Venturni não tem dúvidas ao afirmar que a pandemia de coronavírus deixou as seleções mais niveladas. “Para esse ano podemos esperar que todas as seleções não vão estar no melhor delas, 100% por causa da covid. Vai ser a Olimpíada da superação. Quem conseguiu se preparar bem vai se dar melhor também”, ressaltou.
A ex-atleta sabe que o vôlei brasileiro, tanto no masculino quanto no feminino, entram com a responsabilidade de uma medalha olímpica, mas não acredita que essa pressão possa atrapalhar os planos.
"Quando o Brasil entra em quadra é sempre favorito pra conquistar uma medalha. Isso gera uma pressão natural, principalmente para as novatas, por chegar em um lugar que você nunca foi, por ser o sonho de todo atleta. Mas com a experiência diminui, mas o friozinho na barriga sempre vai existir", admitiu.
Fernanda Venturini garante que agora se sente muito bem apenas como torcedora e não tem nenhuma saudade das quadras, já que se aposentou em 2006. “Eu nunca fico nervosa vendo os jogos. Eu fico bem assistindo”, finalizou.