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Jogos Paralímpicos

Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos conquistam o bronze paralímpico no tênis de mesa

Após duelo contra as polonesas na semifinal, equipe da classe 9-10 volta ao pódio paralímpico e repete desempenho do Rio, quando também ficaram em terceiro

1 set 2021 - 09h59
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Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos conquistaram mais uma medalha de bronze para tênis de mesa do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Após passarem pelas turcas na noite de terça-feira nas quartas de final, elas foram superadas pela equipe da Polônia, na semifinal da classe 9-10, por 2 a 0, na manhã desta quarta-feira, no Ginásio Metropolitano. Não há disputa de terceiro lugar na Paralimpíada.

Da esquerda para a direita: Danielle Rauen, Bruna Alexandre e Jennyfer Parinos (Foto: Fábio Chey/CPB)
Da esquerda para a direita: Danielle Rauen, Bruna Alexandre e Jennyfer Parinos (Foto: Fábio Chey/CPB)
Foto: Lance!

A equipe repetiu o desempenho da Rio 2016, quando também ficou com a medalha de bronze. É o terceiro pódio da modalidade, que já conquistou duas medalhas nos torneios individuais da Paralimpíada, com Bruna Alexandre (classe 10) e Cátia Oliveira (classe 1-2), sendo um dos esportes que mais trouxe conquistas para o Brasil.

- A gente está muito feliz. Sabíamos que ia ser muito difícil. O que sai de positivo é que a gente acreditou muito no trabalho em todo esse tempo. Conseguimos impor nosso jogo, conseguimos mudar o ritmo. Estou muito orgulhosa das meninas pelo que a gente fez aqui. Paris está aí. Estou muito grata por ser medalhista novamente, só coroou o trabalho que fiz, por tudo o que passei em todo esse tempo - disse Danielle Rauen.

O desafio das brasileiras na semifinal era gigante, diante de uma das melhores equipes do mundo. A aposta era na dupla, com o técnico Paulo Molitor escalando Bruna Alexandre para fazer um hipotético terceiro confronto decisivo diante de uma atleta de classe abaixo, onde levaria certa vantagem. No primeiro set, Bruna Alexandre e Danielle Rauen chegaram a estar vencendo Natalia Partyka e Karolina Pek, com vantagem de 4 a 2. Aos poucos, as adversárias começaram a impor seu jogo e começaram a dificultar a recepção das brasileiras, virando o placar.

Na segunda parcial, as polonesas comandaram o placar durante quase todo o tempo, mas com distância pequena. Bruna e Dani foram buscar o resultado e empataram em 10 a 10 num rali sensacional, quando evitaram um set point das polonesas. Conseguiram evitar mais duas vezes, até que viraram e fecharam.

As adversárias voltaram com tudo na terceira parcial. Abriram 6 a 2, mas as brasileiras começaram a forçar os erros das polonesas e chegaram a equilibraram o duelo. No entanto, as polonesas voltaram a abrir. Bruna e Dani salvaram três set points, obrigando o técnico polonês a pedir tempo, com Natalia e Karolina finalizando em seguida. No quarto set, as polonesas voltaram a vencer e fecharam o jogo em 3 a 1 (7/11, 14/12, 9/11 e 7/11).

No jogo seguinte, a experiente Natalia Partyka dominou o confronto com Jennyfer Parinos. A brasileira lutou bastante, mas a polonesa, de uma classe acima (10 contra 9), uma das lendas do esporte paralímpico, dominou o jogo desde o início e conseguiu a vitória por 3 a 0 (0/11, 4/11 e 2/11).

- É muito emocionante conquistar essa medalha, depois do jogo das quartas de finais, em uma partida muito difícil. Tentei de tudo contra a Natalia, nossa estratégia era ganhar a dupla. Ela é de uma classe acima, foi melhor e venceu. Mas o importante é a medalha, estou muito feliz - disse Jennyfer.

Sentimento de dever cumprido também para Bruna Alexandre e o técnico Paulo Molitor. A primeira, conquistou sua quarta medalha paralímpica. Já o treinador fez questão de ressaltar a evolução do tênis de mesa paralímpico do Brasil.

- Tem um gostinho diferente de 2016, quando também ganhei duas medalhas. Se esforçar tanto, mudar estilo de jogo, foi bem difícil. Foi fruto de um grande trabalho com o Comitê Paralímpico e a Confederação - disse Bruna.

- Independente de quantas medalhas vieram, o mais importante foi que mudamos de patamar. O principal era colocar todas as classes jogando de igual para igual com todos os atletas do mundo. Saímos com o sentimento de que podemos enfrentar qualquer um - finalizou o técnico.

Lance!
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