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Jogos de Paris

DJ ganha destaque no vôlei olímpico e bomba nas redes sociais

30 jul 2021 - 16h28
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Na metade dos Jogos Olímpicos, um austríaco vem dando o que falar entre a torcida brasileira do vôlei. Ele entra em quadra, mas não joga. Dá seu show exatamente quando a bola está parada.

O DJ Stari, como é conhecido Michael Staribacher, é assunto em cada partida e sua trilha sonora encanta os fãs na TV, vira assunto nas redes e mata de curiosidade quem ouve hits nacionais enquanto a Seleção encara os adversários. Stari é parte da equipe de sports entertainment da Federação Internacional de Vôlei e DJ profissional há 20 anos.

Há 19 anos, a primeira participação de Stari foi no vôlei de praia. Foram muitos anos nas arenas até que, nos Jogos do Rio 2016, ele passou a comandar a trilha sonora nos ginásios. A pesquisa sobre música internacional é determinante para estar atualizado e conhecer os sucessos eternos de cada país.

"Faço muita pesquisa, porque meu objetivo é que os jogadores se sintam jogando em casa e o público se conecte com o espetáculo. Na pandemia, com arquibancadas vazias, preciso atingir as pessoas através da TV, um desafio ainda maior. Tento conversar com os jogadores para decidir o melhor para eles escutarem no jogo, aquecimento, entrada em quadra, apresentação individual de cada um, pedidos de tempo e intervalos. Tenho que entender a música e seu significado para saber como usá-la. É preciso tocar não só a boa música, mas a música certa no momento certo", conta Stari.

O DJ tem ainda uma outra fonte de informação: as mídias sociais dos torcedores de vôlei. Admitindo que nem sempre é fácil se manter conectado com tanta gente, ele reconhece a importância das redes para seu trabalho.

"Os fãs conhecem o vôlei profundamente e, mais ainda, os ídolos. Eles sabem do que gostam e me sugerem muitas músicas. A maioria das sugestões é ótima", revela.

Stari viu seu trabalho explodir com o investimento da Federação Internacional de Vôlei no entretenimento para os fãs. As ações dentro de quadra são integradas e, juntas, contam a história daquele jogo. Ao parar a partida, por exemplo, para um "desafio" (checagem de uma jogada duvidosa), o telão exibe conteúdos durante a espera e a trilha sonora traduz o clima, com música de suspense.

"A ideia de que o espetáculo não é apenas o jogo em si e a conscientização de que nosso trabalho também é parte disso faz com que me sinta muito orgulhoso de estar ali", pontua o DJ.

O sucesso do DJ não acontece só no Brasil. Na Holanda, Turquia, Iran e Tailândia, a playlist de cerca de 5 mil músicas de Stari também bomba. Ele se diz fã da música brasileira e de vários estilos.

"Em geral, amo músicas e artistas que travessam os tempo e gerações, como Jorge Ben, Tim Maia, Ivete Sangalo, Raça Negra. Também escuto sertanejo algumas vezes, que é um estilo típico brasileiro e espalha boas vibrações", afirmou.

"Nessa temporada, definitivamente, o grande hit é Zap Zum, de Pablo Vittar. O Douglas tornou ainda mais popular e eu tenho que dizer que mexe comigo. Quando escuto, começo a sorrir e dançar imediatamente", conta Stari.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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