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Jogos de Paris

Carlão e Nalbert exaltam Renan: "Lutou muito por esse sonho"

Capitães de conquistas olímpicas do Brasil, ex-jogadores celebram fato de técnico estar no comando do time em Tóquio após superar a covid-19

2 ago 2021 - 09h00
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Pouco antes de começar a comandar o Brasil em busca da conquista do seu quarto ouro olímpico no vôlei masculino, Renan Dal Zotto lutou por um objetivo muito mais importante: ele travou uma duríssima batalha pela vida. O treinador da equipe nacional ficou 36 dias internado, devido às complicações da covid-19, chegou a ser intubado por duas vezes e esteve em estado gravíssimo antes de conseguir se recuperar a tempo de poder viajar até o Japão para dirigir a Seleção Brasileira na Olimpíada de Tóquio.

Renan vibra durante a vitória do Brasil sobre a Tunísia na estreia nos Jogos Olímpicos
Renan vibra durante a vitória do Brasil sobre a Tunísia na estreia nos Jogos Olímpicos
Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Medalhista de prata olímpico como jogador e um das principais referências do Brasil naquela campanha dos Jogos de Los Angeles-1984, Renan não pôde estar à frente do time brasileiro na reta final da última Liga das Nações, na qual os seus comandados foram conduzidos rumo ao título pelo auxiliar-técnico Carlos Schwanke.

Renan só pôde reassumir o comando do Brasil em uma partida oficial na estreia da equipe nesta Olimpíada, contra a Tunísia, superada por 3 sets a 0 no duelo. E a presença do treinador novamente no banco do time nacional foi comemorada por Carlão e Renan, respectivos capitães da Seleção Brasileira que alcançou o ouro olímpico nos Jogos de Barcelona-1992 e Atenas-2004.

Em entrevista ao Terra, os dois ídolos do vôlei brasileiro, hoje comentaristas da TV Globo e do SporTV, afirmaram que não acreditam que exista qualquer prejuízo para o Brasil em Tóquio pelo fato de Renan não ter podido dirigir o time na reta decisiva da Liga dos Nações. Eles não temem que a equipe possa perder o embalo que ganhou sob o comando de Schwanke na competição.

“Sem dúvida nenhuma, acho importante a presença dele (Renan) lá (na Olimpíada). Ele lutou muito pra ter a possibilidade de realizar esse sonho e torcemos muito pra que tudo aconteça da melhor forma possível. Esperamos que as coisas andem em Tóquio da mesma forma como aconteceram na Liga das Nações”, ressaltou Carlão, que atuou ao lado de Renan na Seleção na década de 1980 antes de liderar o Brasil na campanha histórica que levou o Brasil ao inédito ouro olímpico em Barcelona.

“Devemos estar conscientes de que os jogadores da Seleção Brasileira são altamente qualificados, profissionais, acostumados a jogar em grandes equipes, a participar de grandes decisões, que suportam muita pressão. Eu não acredito que a presença do Renan vá interferir em alguma coisa na Seleção Brasileira, pelo contrário: acho que vai ajudar e muito”, completou.

Nalbert, por sua vez, seguiu a mesma linha de discurso de Carlão e apontou que o fato de o treinador reassumir a Seleção em Tóquio pode servir para tornar o grupo nacional ainda mais unido em busca do almejado ouro olímpico, que seria o quarto da história do time masculino do Brasil após os títulos obtidos nos Jogos de Barcelona-1992, Atenas-2004 e Rio-2016.

“Não acho que a volta do Renan vá atrapalhar não, muito pelo contrário, só vai ajudar os jogadores a estarem mais focados, motivados. O Renan está indo em busca desse ouro olímpico. Ele conquistou a prata olímpica como jogador e agora tem a chance, dirigindo a Seleção Brasileira, de ganhar um ouro olímpico e eu tenho certeza, por todo drama pessoal que ele viveu, que o grupo se fechou ainda mais. Ele vai usar isso como grande força para a conquista do ouro olímpico. Então atrapalhar, de jeito nenhum. Só vai ajudar”, aposta Nalbert.

Fonte: Redação Terra
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