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Primeira medalhista brasileira, Isadora Williams quer dar orgulho ao País

7 fev 2018 - 08h41
(atualizado às 10h57)
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Filha de mãe brasileira e pai americano, Isadora Williams irá defender o Brasil em Pyeongchang (Coreia do Sul) 2018 na sua segunda participação em Jogos Olímpicos de Inverno. Primeira representante do Brasil a conquistar uma medalha de ouro em nível internacional, a patinadora espera fazer uma boa competição em fevereiro e dar orgulho ao país de origem de sua mãe.

"Nada se compara à alegria de subir no pódio, receber uma medalha de ouro e ouvir o hino nacional do Brasil tocar. É muito emocionante", declarou a vencedora o Sofia Trophy em 2017, em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva. "Pretendo poder executar bem os meus dois programas, o curto e o longo. Quero chegar lá forte, segura e fazer duas boas apresentações Espero que os brasileiros assistam, torçam e que tenham muito orgulho de mim".

A modalidade entrou na vida da atleta aos 4 anos, quando ela começou a patinar por "pura diversão". Em 2009, ela enviou um vídeo com sua apresentação para a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) e, desde então, passou a defender o país em competições internacionais.

"Aos cinco anos, comecei a fazer aulas de patinação em grupos. Daí em diante, nunca mais tirei os patins dos meus pés. Aos sete anos, mudei para a cidade de Ashburn, estado da Virgínia (EUA) e comecei a treinar no rinque Ashburn Ice House. Fazia competições locais sem muita pretensão. Dois anos depois, comecei a perguntar para minha mãe se eu poderia representar o Brasil na patinação artística e descobrimos que o Brasil tinha uma confederação. Aos 12 anos, eu já fazia de forma consistente o salto double axel e enviei um vídeo para a CBDG. Fui convidada no mesmo mês para representar o Brasil em competições internacionais".

 

Feliz Dia da Independência do Brasil! 🇧🇷

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Apesar de não ter nascido no Brasil e treinar nos Estados Unidos, Isadora Williams revela que não há nenhum tipo de preconceito por causa disso. Segundo a patinadora - que ficou em 30ª no Mundial de Helsinque (2017), na Finlândia, e em sua primeira participação em Jogos Olímpicos -, ela tem muito respeito por representar um país sem tradição na modalidade.

"Não consigo entender por que existiria preconceito, há muito respeito entre os patinadores de elite. Pelo contrário, sou muito respeitada porque represento um pais sem tradição no esporte e cheguei aonde cheguei. Adoraria que o Brasil tivesse um rinque com medidas oficiais para que eu pudesse treinar e para dar aos atletas brasileiros condições de treinar. Mas enquanto isto não acontece, eu tenho melhores condições de treino e os melhores treinadores estão aqui", explicou a atleta de 21 anos, que comemorou o fato da inauguração de uma pista no Rio Grande do Sul, onde ela chegou a apresentar seu programa com casa cheia.

Por fim, a patinadora brasileira declarou que o investimento na modalidade vem aumentando após seu sucesso e suas conquistas. Isadora sonha com o dia em que o Brasil terá uma equipe completa de patinação. "A patinação no Brasil cresceu muito desde que consegui a vaga olímpica. A CBDG tem investido muito para o crescimento do esporte no Brasil", afirmou. "(Meu sonho) é que mais talentos brasileiros possam surgir e continuar a minha jornada. Que um dia possamos ter um time completo na patinação".

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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