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Leandro Damião conta sobre gol do título marcado na estreia e a vida no Japão

17 out 2020 - 08h11
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Um dos principais centroavantes revelados no Brasil no início da década, Leandro Damião fez muito sucesso no Internacional, tendo passado também por Cruzeiro, Santos e Flamengo. Mas desde o final de 2018, o atacante está jogando no Kawasaki Frontale, do Japão.

Muitas vezes, mudar de cidade já é um desafio. Quando se fala em mudar de país, e de continente, há sempre um receio sobre a chegada a um novo lugar, com uma cultura diferente e tudo que envolve esta troca. Em entrevista exclusiva concedida à Gazeta Esportiva, Damião conta como foi esta chegada ao país asiático.

"Antes de vir para cá eu estava bem preocupado, por conta da minha família, dos meus filhos. Mas acabei pegando informações com jogadores que estavam aqui e alguns que já tinham passado, como o Tinga. Aí me deu mais tranquilidade. Chegamos aqui ano retrasado, com uma recepção muito boa. Os japoneses têm muito respeito pelos jogadores. Foi muito bacana, eles já gritavam meu nome, mesmo eu não entendendo muito bem no início (risos). Mas foi uma recepção muito boa, não só da torcida, mas do elenco também". 

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Foto: Divulgação/Internacional

Além do futebol, Leandro aproveita a vida no país asiático. Tão longe de casa, o camisa nove consegue ver algumas diferenças na relação com o povo. Um dos pontos mais destacados pelos atletas que atuam no continente é a tranquilidade e a paz, mesmo após derrotas. Segundo o centroavante, muitos dos que decidem trocar de nacionalidade o fazem pela gratidão ao que o país oferece.

Entre estas qualidades está o respeito, muito destacado pelo jogador. Seguindo a linha do que costuma ser dito por brasileiros ao redor do mundo, o atacante fala sobre a pressão da torcida. Cita também, que independente do resultado, o time é sempre aplaudido após as partidas.

"Eu passei 10 anos jogando no Brasil. Já passei por várias pressões em todos os clubes que estive. Eu não desejo isso a ninguém O respeito não tem no Brasil, infelizmente. É complicado. Todo mundo acha que, porque o jogador ganha o que ganha ele tem que correr mais. E ele corre. Nenhum jogador faz de sacanagem. Já estive em várias equipes e posso falar que nunca vi isso. Só que no Brasil é complicado. O fanatismo é muito maior do que no Japão. Eles têm outros esportes aqui, como o beisebol. No Brasil eu vejo que é muito mais o futebol do que, por exemplo, o vôlei. Não querendo menosprezar, mas o Brasil tem o futebol em primeiro lugar". 

Diferentemente de alguns jogadores, como Willian, do Arsenal, que diz ter dúvidas sobre uma volta ao Brasil justamente por conta destas questões, Damião reafirma sua vontade de atuar novamente em seu país de origem. O Colorado sempre é o primeiro time ao qual o jogador é relacionado, e ele não esconde seu desejo de um dia retornar ao Beira-Rio.

"Penso um dia em voltar para o Brasil, sim. Não sei quando ainda. Pretendo terminar o meu contrato aqui com o Frontale. Não sei ainda sobre prorrogação. Quero aproveitar o máximo possível, minha família também, porque eu não sei até quando eu vou ficar. Tenho contrato até o final do ano que vem, então até lá vou dar o meu melhor por aqui e, quem sabe um dia voltar para o Brasil. Tenho essa vontade. E tenho vontade de jogar no Inter novamente. É a minha casa, é onde eu fiz gols, ganhei títulos e a torcida sempre me apoiou dentro de campo". 

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