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Com boicote do Palmeiras, Reinaldo Bastos é eleito presidente da FPF

30 ago 2018 - 15h41
(atualizado às 15h41)
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Reinaldo Carneiro Bastos foi eleito nesta quinta-feira, em Assembleia Geral Ordinária, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) para um mandato de quatro anos, entre 2019 a 2022. Ele já ocupava o cargo desde 2015, quando Marco Polo Del Nero deixou a entidade para assumir a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A chapa União pelo Futebol também elegeu Fernando Enes Solteiro e o ex-jogador Mauro Silva como vice-presidentes. Para o Conselho Fiscal foram eleitos José Carlos Cosenzo, Vanderlei Aparecido Pereira e a ex-jogadora de basquete Magic Paula como membros efetivos, e Rodrigo Tarossi e Carlos Alberto Costa como suplentes.

Realizada na sede da federação, a eleição serviu apenas para formalizar a vitória de Bastos, que foi candidato único no pleito. A ausência de uma chapa de oposição, aliás, ocorre desde 1987 na entidade.

Banido do futebol pela Fifa por corrupção, Del Nero, presidente da FPF de 2003 a 2015, atuou para formar uma frente de oposição a Bastos. Marquinhos Chedid seria o representante da oposição. Ligado ao Bragantino, ele desistiu da ideia, contudo.

Votaram na eleição clubes das Séries A1, A2, A3 e da Segunda Divisão estadual, além de ligas de futebol amador. O peso para cada uma destas categorias foi diferente, sendo maior para as equipes de divisões superiores.

Rompido com a federação desde abril, o Palmeiras não mandou representante. Todos os dirigentes de clubes presentes votaram a favor de Bastos. A exceção foi o Sindicato dos Atletas, que se absteve.

Presidente do Esporte Clube Taubaté até 1988, Reinaldo Bastos chegou à vice-presidência da FPF em 1996, quando Eduardo José Farah era o mandatário. Seguiu no cargo quando Del Nero assumiu a entidade, em 2003. E se tornou presidente em 2015 em decorrência da ida de Marco Polo para a CBF.

Desde que tomou posse do cargo, Bastos tratou de angariar poder e aumentar sua influência no futebol estadual repassando verbas da entidade para os clubes filiados. De 2015 a 2017, foram mais de R$ 53 milhões distribuídos, mantendo a dependência dos times junto à federação.

Neste ano, Reinaldo Bastos tentou dar um salto em sua carreira de dirigente, almejando a presidência da CBF. No entanto, sem a bênção de Del Nero, não obteve apoio necessário das federações e viu Rogério Caboclo vencer o pleito.

Um de seus principais objetivos no mandato que terá pela frente será reatar relações com o Palmeiras. Clube e entidade estão rompidos desde a final do Campeonato Paulista, em abril, quando o Verdão alegou interferência externa na arbitragem de Marcelo Aparecido de Souza, que anulou pênalti do corintiano Ralf em Dudu.

Presidido por Maurício Galiotte, o clube agora busca a impugnação da final do Paulistão no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

* Especial para a Gazeta Esportiva

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