PUBLICIDADE
Logo do Vasco

Vasco

Favoritar Time

Vasco divulga nota de repúdio por cantos homofóbicos: 'Preconceito é crime'

Equipe corre o risco de punição se for denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva

26 ago 2019 - 16h17
(atualizado às 16h17)
Compartilhar
Exibir comentários

Um dia depois de parte de sua torcida no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, se manifestar com cantos homofóbicos na partida contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro, a diretoria do Vasco divulgou uma nota oficial nesta segunda-feira para repudiar a atitude e pedir desculpas pelo ocorrido. O jogo chegou a ser interrompido pelo árbitro gaúcho Anderson Daronco.

"Em relação ao episódio registrado na partida deste domingo (25/08) contra o São Paulo, o Club de Regatas Vasco da Gama lamenta e repudia qualquer canto ou manifestação de caráter homofóbico por parte de alguns de seus torcedores. Da mesma forma, a Diretoria Administrativa do Clube manifesta seu pedido de desculpas a todos que, corretamente, se sentiram ofendidos por este comportamento", informou o clube cruzmaltino no início da nota oficial.

O Vasco ressaltou que o combate aos gritos não deve acontecer apenas pelo temor de uma punição esportiva, mas "por uma questão de cidadania e respeito ao próximo e cumprimento da lei". O clube corre o risco de perder pontos no Brasileirão após um julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O combate a este tipo de postura - iniciado ainda em campo, quando o técnico Vanderlei Luxemburgo, os jogadores, parte da torcida e o próprio Vasco da Gama, através do sistema de som do estádio, clamaram para que os gritos cessassem - não deve ser motivado pelo receio de punição desportiva (eventual perda de pontos), mas, sim, por uma questão de cidadania e respeito ao próximo e cumprimento da lei. Preconceito é crime", afirmou o clube.

"E se existe um Clube no Brasil historicamente habituado a levantar a voz contra qualquer tipo de discriminação este é o Vasco da Gama, dono da história mais bonita do futebol. Assim foi com a resposta histórica de 1924; assim é com os cantos que o torcedor vascaíno entoa orgulhosamente na arquibancada enaltecendo a luta do Clube a favor de negros e operários", destacou.

Os gritos de "time de v..." fizeram com que o jogo fosse interrompido por Daronco. Ele chegou a informar ao quarto árbitro e a Vanderlei Luxemburgo. Imediatamente, os auto-falantes de São Januário alertaram os torcedores para que não houvesse esse tipo de manifestação.

"A plateia de um estádio de futebol e a sociedade de maneira geral passam por um processo de aprendizado e conscientização necessário para que atos de preconceito fiquem no passado - um triste passado, diga-se. A Diretoria Administrativa do Club de Regatas Vasco da Gama compromete-se em promover ações educativas neste sentido junto ao seu torcedor, certa de que encontrará em cada vascaíno um aliado no combate a qualquer tipo de discriminação. O Vasco é a casa de todos", concluiu a nota oficial.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade