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Vanderlei pede reforços pontuais no Santos e promete zoar 'rival' Lucas Lima

1 jan 2018 - 09h17
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Apesar de 2017 ter sido recheado de decepções para os torcedores do Peixe, um santista em especial tem muita coisa para comemorar do ano que se passou. Mesmo sem conquistar títulos, Vanderlei se firmou como ídolo do clube na última temporada. Impenetrável, o goleiro fez várias defesas inacreditáveis e teve seu nome pedido por quase todo país para uma convocação na Seleção Brasileira.

O clamor popular não convenceu o técnico Tite, que preferiu chamar Cássio, do Corinthians, e não levou Vanderlei. Ausente na amarelinha, o arqueiro mira suas atenções apenas em seguir com o ótimo trabalho que vem executando no Santos. Porém, para coroar o bom desempenho embaixo das traves com títulos, o camisa 1 espera que o Peixe reforce bem o seu elenco neste ano.

"Só acho que nós precisamos contratar jogadores de qualidade e nas posições certas. Não adianta também contratar por contratar. Precisamos de reforços pontuais e que façam a diferença. Mas sei que o Santos irá se planejar da melhor maneira para fazer um grande ano e dar alegria ao torcedor", afirmou o goleiro em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.

A busca por novos atletas também se deve ao fato do alvinegro ter perdido dois importantes nomes nas últimas semanas. Artilheiro e capitão do time, Ricardo Oliveira não acertou sua renovação com o Santos e foi para o Atlético-MG. Já Lucas Lima, por sua vez, aceitou uma para defender o Palmeiras, clube que sempre 'zoava' enquanto ainda estava no Peixe.

Vanderlei desejou sorte ao meia no rival, mas fez questão de ressaltar que espera vencê-lo em 2018 para 'tirar uma casquinha' do ex-camisa 10 santista.

"Foi uma escolha dele, né. Ele optou por acertar com o Palmeiras. A gente não tem o que fazer. Torço para que ele seja feliz lá, mas não contra nós, né. Que a gente possa vencer sempre para poder zoar ele um pouquinho, né. Eu não tenho rede social, mas o outros jogadores vão tirar um sarrinho na internet em caso de vitória nossa", brincou o arqueiro.

Gazeta Esportiva: Você viveu em 2017 o melhor ano da sua carreira?

Vanderlei: "É difícil fazer esse tipo análise pessoal, né. No Coritiba eu também já tive temporadas muito boas, mas aqui no Santos a visibilidade é muito maior. Foi um dos melhores sim, mas não dá para dizer que foi a melhor, pois não ganhamos títulos".

Gazeta Esportiva: Mesmo sem títulos, individualmente você fez uma temporada fantásticas, pegando pênaltis e fazendo defesas incríveis. Quais foram as melhores para você neste ano?

Vanderlei: "Toda defesa é importante e difícil para o goleiro. Lembrar assim de cabeça é complicado. Não digo uma defesa específica, mas o melhor momento foi o jogo contra o Coritiba. Diante da minha ex-equipe, fiz boas defesas e peguei um pênalti no último minuto. Tiveram outros jogos, o próprio pênalti que peguei contra o Atlético-MG também. Mas toda defesa é importante para o goleiro, aquela bola simples para a gente é complicado e valorizamos isso".

Gazeta Esportiva: Por conta defesas várias defesas, houve uma expectativa e uma cobrança muito grande pela sua convocação para a Seleção Brasileira, o que acabou não acontecendo. Você ainda tem esperança de ser chamado pelo técnico Tite ou já abandonou essa expectativa?

Vanderlei: "O futebol é bem dinâmico, né. Ainda tem muita coisa até a Copa. O treinador tem as escolhas dele. E o Brasil também está muito bem servido de goleiros. Não é só o meu caso. Tem outros goleiros que também estão se destacando e não são chamados, como o Fábio do Cruzeiro e o Marcelo Grohe que foi campeão da Libertadores. O importante é estar sempre bem no seu clube. Se continuar trabalhando bem no Santos, a oportunidade de entrar na Seleção cresce cada vez mais. É ter a cabeça no lugar, fazer meu melhor aqui e torcer para acontecer a convocação. E se não der certo o trabalho continua".

Gazeta Esportiva: Recentemente você renovou seu contrato com o Santos. Quer encerrar sua carreira aqui?

Vanderlei: "Com certeza, né. Óbvio que qualquer atleta profissional quer encerrar a carreira no Santos, pois é um clube gigante. Não quero renovar só esse contrato, né. Pretendo estender outros vínculos também, pois quero ter uma longa carreira ainda. Mas como digo sempre, tenho que pensar no momento. Não dá para planejar lá na frente. Tenho que procurar fazer o melhor agora para colocar meu nome na história do clube".

Gazeta Esportiva: Fora das quatro linhas você é um cara mais contido, não fala muito com a imprensa. Não faz aquele famoso 'marketing pessoal'. Acha que isso fez com que você ficasse fora da Seleção?

Vanderlei: "Não adianta fazer marketing se chegar dentro do campo você não resolver. O fundamental mesmo é fazer seu melhor dentro das quatro linhas. Se continuar tendo boas apresentações, as chances aparecerão naturalmente".

Gazeta Esportiva: O Santos não ganhou títulos neste ano. O que faltou para conseguir as conquistas?

Vanderlei: "É complicado falar disso, até porque futebol é detalhe, né. Você pode fazer um ótimo campeonato e ser eliminado no mata-mata em uma partida ruim, como aconteceu com a gente na Libertadores. Vínhamos invictos, conseguimos um empate fora contra o Barcelona de Guaiaquil e fizemos um jogo muito abaixo dentro de casa, que culminou com a eliminação. Futebol é assim. Claro que se pudermos começar e terminar o ano como o mesmo treinador irá ajudar bastante, pois os jogadores vão entendendo a metodologia de trabalho. Mas a gente que no Brasil é assim, se o resultado não vem a cobrança é forte e eles sempre acabam trocando de treinador".

Gazeta Esportiva: O Santos viveu um ano político, afinal, tivemos eleições no início de dezembro e José Carlos Peres assumiu o posto de novo presidente do clube. Acredita que as questões políticas influenciaram os atletas dentro de campo?

Vanderlei: "Em qualquer lugar isso influencia. Não tem jeito. A gente sabe como é difícil um ano político. A gente espera que dê tudo certo, definam logo o novo treinador e a gente busque todos os campeonatos que participarmos".

Gazeta Esportiva: Acredita que o clube precisa de reforços para buscar esses títulos que faltam em 2017?

Vanderlei: "Não é só o Santos, né. Todos os times precisam se reforçar. Só acho que nós precisamos contratar jogadores de qualidade e nas posições certas. Não adianta também contratar por contratar. Precisamos de reforços pontuais e que façam a diferença. Mas sei que o Santos irá se planejar da melhor maneira para fazer um grande ano e dar alegria ao torcedor".

Gazeta Esportiva: O Lucas Lima não renovou com o Santos e acertou sua ida para o Palmeiras. Como vai ser para você enfrentar o meia após três anos de convivência aqui no Peixe?

Vanderlei: "Foi uma escolha dele, né. Ele optou por acertar com o Palmeiras. A gente não tem o que fazer. Torço para que ele seja feliz lá, mas não contra a gente, né. Que a gente possa vencer sempre para poder zoar ele um pouquinho, né. Eu não tenho rede social, mas o outros jogadores vão tirar um sarrinho em caso de vitória nossa".

Gazeta Esportiva: Para finalizar, queria que você falasse de um cara que fica um pouco esquecido, mas tem feito a diferença, que é o preparador de goleiros Arzul. Qual a importância dele na sua boa fase? Ele fica judiando bastante de você nos treinos?

Vanderlei: "O Arzul é fundamental. O que faz a diferença nos jogos é o dia a dia. Você tendo um trabalho bom no treino, o resultado no jogo é automático. É só tirar como exemplo o Vladimir, que quando entrou foi muito bem. O João Paulo também teve uma oportunidade e correspondeu. O John é outro que está sendo bem preparado sempre. Isso valoriza muito o trabalho do Arzul, que está aqui no Santos há muito tempo e todos os goleiros que passam pela mão dele dão conta do recado".

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