Vagner Mancini no Corinthians: trocou o certo pelo duvidoso?
Técnico abandona Atlético-GO para tentar salvar ano do clube paulista
Ao aceitar dirigir o Corinthians, hoje na zona de rebaixamento do Brasileiro, e deixar pelo meio do caminho o Atlético-GO, em 12º na competição, Vagner Mancini não considerou o que se passou recentemente com colegas seus, como Rogério Ceni. Pode ter sucesso no novo desafio. Mas não há como descartar a possibilidade de levar um tombo que manche seu currículo.
São os próprios técnicos de futebol que reclamam com frequência sobre a inconstância e pressa dos clubes. Lamentam a falta de tempo para pôr em prática seu modelo de trabalho. Dizem, todos, que precisam se unir para combater isso, etc.
Mas, em geral, não resistem à tentação de assumir o comando de equipes de ponta, mesmo que para isso deixem à míngua o clube no qual vinham ganhando visibilidade pelos resultados obtidos. Pior é quando a mudança envolve times que disputam a mesma divisão nacional.
Em agosto do ano passado, Rogério Ceni viveu isso na pele. Já quase no meio do Brasileiro, viu-se muito atraído por oferta do Cruzeiro, que capengava na competição, e largou o Fortaleza ao “deus-dará” – o time nordestino vinha bem, ocupava posição intermediária na tabela.
Ceni, porém, não conseguiu recuperar o Cruzeiro e em um mês e meio acabou demitido. Sorte dele que o Fortaleza o recebeu de volta de braços abertos.