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Copa da Rússia

Uruguaios e egípcios se reúnem no Museu do Futebol para acompanharem confronto na Copa

15 jun 2018 - 14h02
(atualizado às 14h02)
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Apesar de terem nascido a milhares de quilômetros de distâncias, uruguaios e egípcios estiverem muito próximos nesta sexta-feira. Isso porque o Museu do Futebol, localizado em São Paulo, realizou uma confraternização com o objetivo de reunir torcedores e nativos dos dois países para acompanharem a estreia das duas nações na Copa do Mundo. O placar de 1 a 0, gol do zagueiro Gimenez, fez com que os sul-americanos saíssem do recinto mais animados e esperançosos para o Mundial, porém não fez com que os africanos perdessem o clima de festa, presente desde o apito inicial.

Repleto de história da Seleção Brasileira e dos clubes nacionais, o Museu do Futebol reservou algumas horas para que Uruguai e Egito desem o primeiro passo no Mundial, tanto para um deles estar mais perto das oitavas de final, como outro mais próximo da eliminação ainda na fase de grupos. Depois do triunfo, os uruguaios agora encaram a Arábia Saudita, na quarta-feira, para se manterem ente os dois primeiros colocados do Grupo A. Já os egípcios terão que superar o quanto antes a sensação ruim de perderem nos minutos finais, já que um novo resultado negativo, desta vez diante dos anfitriões russos, na terça-feira, pode decretar a eliminação do time africano mesmo com apenas duas partidas disputadas.

Antes de começar o evento, pouco mais de dez uruguaios já estavam no local, animados com a partida da Celeste e sem esconder o nervosismo, já que a equipe não ganhava uma partida de estreia em Copas do Mundo há muito tempo. Com camisas e bandeiras brancas e azuis, pessoas de todas as idades conversavam sobre até onde a Seleção comandada por Óscar Tabarez poderia ir no Mundial. Para Javier Smejoff, uruguaio que está no Brasil há 30 anos, a expectativa é de que o time passe da primeira fase. "Acredito que nós temos todas as condições de avançar da fase de grupos. Depois teremos jogos difíceis contra Portugal ou Espanha, mas também temos chances de ganhar, mesmo nós não sendo favoritos, algo que é muito comum para nós uruguaios".

Se no começo do jogo o público era paticamente sul-americano, os egípcios chegaram em grandes grupos, muitos deles famílias que estavam aproveitando o evento para conhecer o Museu do Futebol. Mesmo com a derrota, os egípcios não perderam o otimismo com a seleção e exaltaram o astro Mohamed Salah. Para Ramy Mostafa, o atacante é o grande nome do país desde que começou a se jogar profissionalmente, ainda no futebol egípcio. "

O torcedor fanático dos maiores campeões africanos da história também aproveitou para homenagear um dos 2 convocados pelo técnico Tite para a Copa do Mundo, Para Mostafa, Roberto Firmino foi um jogador fundamental para que Salah tivesse um desempenho acima da média no Liverpool. "Queria agradecer o Firmino, Quando Salah chegou no Liverpool, ele cedeu sua camisa, seu número para ele. Quero agradecer ele por esse bonito gesto. Agora eles são amigos e se dã muito bem, isso é muito importante para nós".

Bastante animado durante o jogo, Ramy também falou sobre seu carinho pela Seleção Brasileira. Mesmo só há quatro anos no Brasil, Mostafa lembra de jogadores brasileiros que marcaram sua paixão pelo futebol, esporte que acompanha desde pequeno. " Eu sempre torcia pro Brasil, mesmo antes de chegar aqui no país. Eu tenho muito carinho, sou fanático pelo Brasil desde criança. Para mim, Ronaldo Fenômeno marcou época, era um jogador completo, um atleta diferente. Também não esqueço da Copa do Mundo de 1994, quando o Brasil conqustou o título Mundial depois de tanto tempo. Os atacantes Romário e Bebeto eram espetaculares, marcam minha paixão por esse país".

Após o fim da partida, os torcedores deixaram de serem adversários para voltarem ao clima festivo que dominava o início do evento. Felizes e aliviadas, as crianças uruguaias se divertiam nos jogos interativos que o Museu dispõe para os vistantes. Com olhares mais entristecidos, a família egípcia se abraçava consolando um aos outros, enquanto que a garotinha recém nascida engatinhava pelo salão, seja por ainda não compreender o que seja o futebol ou porque já sabe, desde cedo, que o esporte serve para unir povos, ainda mais em uma Copa do Mundo.

* Especial Gazeta Esportiva 

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