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Torcida protesta e Felipão se diz preocupado com queda de rendimento do Palmeiras

No retorno após a pausa para a Copa América, equipe alviverde ainda não venceu e corre riscos de perder a liderança para o Santos

27 jul 2019 - 20h45
(atualizado às 20h45)
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Luiz Felipe Scolari está preocupado com a queda de rendimento do Palmeiras após a interrupção de um mês do Campeonato Brasileiro para a disputa da Copa América, em junho. Com o empate por 1 a 1 com o Vasco, neste sábado, no Allianz Parque, o Palmeiras chegou a cinco partidas sem vitórias, levando em consideração as três competições que disputa simultaneamente: Brasileirão, Copa do Brasil e Copa Libertadores.

Antes da parada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras liderava com 25 pontos, cinco à frente do Santos e com aproveitamento de 92% dos pontos disputados. Era um dos melhores inícios desde que a competição passou a ser disputada no sistema de pontos corridos. O campeonato retornou, mas o Palmeiras ainda não venceu: empate com São Paulo e Vasco (ambos por 1 a 1) e derrota para o Ceará (2 a 0).

E, após o empate com o Vasco, o Palmeiras pode perder a liderança, o que não acontecia desde a 4ª rodada. A diferença para o Santos é de apenas um ponto: 27 a 26. O time de Jorge Sampaoli enfrenta o lanterna Avaí, neste domingo, na Vila Belmiro. Se vencer, toma a liderança do Palmeiras.

"Na volta da Copa América temos um empate com São Paulo, empate em casa (Vasco), uma derrota (Ceará). E pagamos um preço alto pelos erros que estamos cometendo. Todos nós. Isso que tem acontecido, são detalhes que não vinham acontecendo. Os erros estão se transformando em gol, o que não vinha acontecendo. Estamos tentando mudar, mas não de um dia para o outro", lamentou.

Após o empate contra o Vasco, parte da torcida protestou, vaiou, chamou o time de "sem vergonha" e exigiu a classificação sobre o Godoy Cruz, terça-feira, no Allianz Parque, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Na primeira partida, na Argentina, empate por 2 a 2.

Felipão disse que não se preocupa com os protestos dos torcedores, mas com o rendimento dos jogadores e encara com naturalidade a pressão pelo momento ruim que atravessa o time.

"Preocupa o que não conseguimos organizar neste momento, detalhes que não conseguimos implantar nesta volta. Preocupa algumas atuações que ainda deixamos a desejar. Se (o protesto da torcida) crescer, vou fazer o quê? Não sou só eu, quem joga no Palmeiras sabe disso, quem joga no Corinthians sabe. Falar, xingar, é normal no futebol. Agressões não, mas xingar, não gostar, ou vaiar. É normal, é tranquilo".

O treinador ainda ironizou quando questionado sobre o time ter sido chamado de "pipoqueiro" por parte da torcida: "Não ouvi nada disso. Pipoca? É bom com sal ou açúcar. Muito bom".

Mesmo com a queda de rendimento, os jogadores do Palmeiras foram protegidos pelo treinador. Felipão reconhece que o time vem cometendo erros nos últimos jogos, mas que os atletas estão se entregando dentro de campo. "Eles estão fazendo o melhor, buscando, não estão conseguindo fazer as coisas diferentes. Se a torcida não está contente, nós também não estamos. As equipes têm jogado bem contra nós e estamos errando algumas partes".

Por fim, Felipão falou sobre o confronto particular que teve com Luxemburgo, técnico do Vasco. Antes do jogo, os dois treinadores trocaram um caloroso abraço. "Uma vez eu tive uma briga com ele. Depois de alguns meses, a gente conversou e viu que os dois foram bobos. Nunca mais deixamos de nos falar, de nos apoiar. Somos rivais de clube. De outra forma, nada".

Estadão
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