Todos contra Abel Ferreira
Técnicos brasileiros não se conformam com sucesso do português
Lá atrás, Renato Gaúcho criticou Jorge Jesus. Disse que com um baita time, como o do Flamengo, ganharia títulos facilmente. Teve a chance de provar isso e ficou pelo meio do caminho no Rubro-Negro. Agora, outro treinador português que faz sucesso no Brasil, Abel Ferreira, do Palmeiras, sofre da mesma perseguição. É alvo de treinadores brasileiros de renome. Há quem veja nisso uma clara manifestação de xenofobia.
-vbhw74ukk7xt.jpg "Abel Ferreira incomoda \"colegas\" treinadores com seu sucesso no Palmeiras")
O incômodo proporcionado por Abel Ferreira a seus “colegas” tem um motivo: ele é o mais badalado técnico em atividade no Brasil no momento. Muito cotado para ser o substituto de Tite na Seleção brasileira depois do Mundial do Catar, que vai ser disputado em novembro e dezembro.
Abel carrega em seu currículo dois títulos consecutivos do Palmeiras na Libertadores (2020 e 2021) e uma nova classificação do time à fase semifinal da competição. Tem seu jeito de ser, com manias e reclamações que saltam aos olhos de quem o observa. Mas, e daí?
Mano Menezes, Cuca e Jorginho não medem palavras para alfinetar Abel. O último é mais ostensivo e não perde oportunidade de lançar farpas na direção do treinador português. Cuca também fez isso recentemente e Mano Menezes, ex-técnico da Seleção, deu a entender com insinuações que estava se referindo também a Abel para criticá-lo.
Mano tem que se ocupar em dar regularidade ao Inter, eliminado de forma vexatória da Sul-Americana, perdendo duelo no Sul contra o Melgar, do Peru. Cuca precisa redirecionar o Atlético-MG em busca de uma classificação honrosa no Brasileiro. Já Jorginho, em que pese a ótima campanha do Atlético-GO na Sul-Americana e Copa do Brasil, vai ter que suar a camisa à beira do campo para livrar seu time do rebaixamento à Série B do Brasileiro.
Enquanto isso, Abel tem o título da Série A nas mãos e vai tentar o terceiro consecutivo da Libertadores. Hoje, é o preferido da CBF para dirigir a Seleção. Afinal, sua eventual escolha não passa pelo crivo de seus adversários.
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