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Técnico do Corinthians compara Sampaoli a Diniz e ao Barcelona

Fábio Carille afirma que técnico argentino não pode ser rotulado como alguém inovador

8 mar 2019 - 12h38
(atualizado às 12h38)
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Na entrevista coletiva antes do clássico com o Santos, domingo, em Itaquera, o técnico Fábio Carille, do Corinthians, elogiou o início da trajetória do técnico Jorge Sampaoli à frente do rival, já classificado para o mata-mata do Paulistão, mas criticou a imprensa por tratar seu estilo de jogo como inovação. Na opinião do treinador do Corinthians, o técnico Fernando Diniz mostrou um estilo parecido quando esteve no Audax - hoje, ele dirige o Fluminense.

"Fez um excelente trabalho na Universidad de Chile, na seleção do Chile e que foi para uma Copa com a Argentina, se foi bem ou mal não importa, mas o peso é muito grande. Acho que 5% dos técnicos não fazem o que ele faz", elogiou o treinador em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira no CT Joaquim Grava.

"Algumas coisas que incomodam é que uma boa parte assim da imprensa fala como inovação. É um trabalho de início brilhante, mas é falta de respeito com o que Fernando Diniz fez no Audax, eliminando Palmeiras e Corinthians e jogando melhor que o Santos [em outras edições do Paulistão]. As ideias se assemelham. Diniz é meu amigo, não sei se é referência para ele, mas se assemelha muito. É um trabalho para ser exaltado", afirmou o treinador.

Carille também definiu seu próprio estilo como treinador. "A minha [maneira de dirigir] é aquilo que aprendi que dá certo, com característica dos jogadores se encaixando. Aprendi com Mano, Tite e também o que vejo com Simeone e Mourinho. Eu vou mais de linha de quatro jogadores. Para o Sampaoli, é mais de movimentação", comparou.

"Eu sei e nós sabemos como eles jogam. Contratamos jogador em cima das ideias do Corinthians nos últimos dez anos. A essência é a mesmo", disse o treinador, que fez uma comparação com o Barcelona quando era treinado por Josep Guardiola. "Ele [Sampaoli] traz os pontas para dentro para prender a linha de quatro jogadores, mesmas ideias do Diniz, para criar superioridade pelo meio. Precisamos ficar atentos se perdermos a bola, pois jogam parecido com o Barcelona do Guardiola", afirmou.

O treinador evitou antecipar qual escalação usará no clássico, mas já confirmou a ausência de Gustagol - Boselli será o titular. No meio, Jadson está recuperado de dores no joelho direito, mas só será utilizado por 20 ou 30 minutos. A tendência é que Sornoza comece como titular. "O clássico já é motivante. São gostosos, envolvem e mexem com a imprensa, torcedor e jogadores", disse o treinador sobre o confronto de domingo.

Estadão
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