CBF não levará adiante caso de racismo contra jogador Sub-20
A polêmica envolvendo o meio-campista Marcos Guilherme, que afirma ter sido alvo de injúria racial no empate por 0 a 0 entre Brasil e Uruguai, pelo Sul-Americano Sub-20, não deve ter continuidade na esfera jurídica.
Aconselhada pelo departamento jurídico, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu não dar continuidade à denúncia do jogador da Seleção Brasileira, feita após o jogo de segunda-feira. Um dos motivos alegados era de que não existia prova suficiente, como imagens da televisão. A única seria o depoimento do zagueiro Léo Pereira, que confirma ter presenciado o ato.
Mesmo com a revolta de Marcos Guilherme com atacante uruguaio Facundo Castro, que o teria chamado de “de macaco cinco vezes”, além de pedir para “alguém tomar uma atitude, senão isso não vai parar nunca”, o incidente corre o risco de ter o mesmo desfecho dos espisódios com Tinga, Arouca e Aranha.
“Estamos representando o país, nossa família em casa torcendo e vê isso, sofrer racismo dentro do nosso trabalho”, protestou o camisa 11 ao canal SporTV .
Assim, para o caso ter sido levado adiante, era preciso registrar o boletim de ocorrência em até 24h depois do acontecido – o que não ocorreu. Nenhuma forma de protesto está programada para o próximo duelo, diante do Paraguai, às 17h50, na quinta-feira.
O empresário do jogador do Atlético-PR, Rafael Stival, disse que não conseguiu conversar por muito tempo com seu agenciado. Mas garante que Marcos Guilherme está bem após o triste episódio e que vai focar dentro do campo. “Deixei uma mensagem de tranquilidade no telefone e ele me agradeceu”, resumiu, alegando que o horário era tarde para ter uma conversa longa.