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Livre concorrência: motivo de discórdia na Primeira Liga

10 nov 2016 - 14h14
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Presidente da Primeira Liga, Gilvan Tavares
Presidente da Primeira Liga, Gilvan Tavares
Foto: Thomas Santos/Agif / Gazeta Press

A direção da CBF assiste de camarote à nova crise interna por que passa a Primeira Liga, movimento de clubes surgido ano passado e responsável pela organização de um torneio que em 2017 terá a sua segunda edição. Uma carta enviada nesta quarta-feira (9) por Atlético-PR e Coritiba ao presidente da Primeira Liga, Gilvan Tavares, questiona, entre outras coisas, a falta de concorrência para a venda dos direitos de transmissão da competição.

Os dois clubes, que dizem ter o respaldo de coirmãos de Santa Catarina, são fundadores da liga e estão à frente de um movimento que não aceita o modo como houve a negociação com a TV Globo. Ambos afirmam que não vão aceitar a divisão do bolo oferecido pela emissora por um contrato de três anos e pedem a convocação de uma assembleia geral extraordinária.

No documento, alegam que a direção da Primeira Liga feriu o próprio estatuto ao não submeter as condições do negócio a um comitê interno. E se põem a favor de uma reviravolta, anulando o que havia sido decidido e defendendo a adoção de um "procedimento concorrencial pleno, transparente e que albergue igualdade de condições entre os interessados".

Além da TV Globo, o Esporte Interativo se mostrou disposto a adquirir os direitos da copa organizada pela Primeira Liga.

Ouvida pela reportagem do Terra, a Primeira Liga desmentiu a informação de que os temas abordados pelos dois clubes não foram discutidos em seu comitê interno e ressaltou que a opção pela emissora escolhida era a mais atraente "para o produto". Com relação à não-concorrência, a Liga explicou que a medida, no momento, não seria a mais adequada, por que incorreria no risco de não se ter oferta nenhuma em algumas plataformas, como a da TV aberta, por exemplo.

A CBF sempre se posicionou contra a Primeira Liga e não a reconhece oficialmente. O temor na confederação é que o movimento ganhe dimensão e se torne uma liga nacional, o que, na avaliação de seus atuais dirigentes, esvaziaria a entidade máxima do futebol brasileiro.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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