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Sem Caboclo, coronel Nunes decide sobre permanência de Tite

Técnico seria demitido pelo presidente da CBF, que foi afastado neste domingo do cargo

6 jun 2021 - 21h23
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A permanência de Tite na Seleção brasileira é uma incógnita. O técnico pode até anunciar sua despedida da equipe após o jogo do Brasil com o Paraguai, nessa terça (8), em Assunção, pelas eliminatórias do Mundial do Catar. Mas, agora, ele teria um motivo a mais para repensar uma eventual decisão de sair: Rogério Caboclo foi afastado da presidência da CBF neste domingo e não vai cumprir o que já havia definido – demitir Tite.

Técnico Tite tem situação indefinida na Seleção
13/11/2020
Nelson Almeida/Pool via REUTERS
Técnico Tite tem situação indefinida na Seleção 13/11/2020 Nelson Almeida/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

A princípio, Caboclo ficará fora do cargo por 30 dias, como determinou o Comitê de Ética da CBF, em razão de acusações de que o dirigente assediou sexual e moralmente uma funcionária da entidade. Mas, segundo fontes ouvidas pelo Terra, esse prazo deve se estender por tempo indeterminado e dificilmente Caboclo voltará a ocupar o principal gabinete da sede da CBF, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Sem Caboclo, o poder de direito na CBF ficará com o coronel Antônio Nunes, o vice-presidente mais velho, 82 anos, entre os oito da entidade. Caberá a ele a palavra final sobre a preservação ou não da comissão técnica, envolvida em polêmica recente com a cúpula da CBF por ter apoiado na íntegra manifestação dos jogadores da Seleção contrários à realização da Copa América no Brasil e à participação deles na competição.

Na verdade, esse imbróglio ganhou outra conotação com a interferência do presidente Jair Bolsonaro, que abraçou a Copa América no País, depois da desistência dos dois países que a abrigariam – Argentina e Colômbia, que não se viram em condições de receber o evento por causa da força da pandemia de covid-19 em seus territórios.

A situação no Brasil é mais grave que a dos dois vizinhos, com relação à disseminação do novo coronavírus. Ainda assim, o Palácio do Planalto fez questão de sediar a Copa América. A partir disso, uma eventual opção de a Seleção jogar a competição com um time “B” deixaria a CBF em rota de colisão com Bolsonaro, o que Caboclo tentaria evitar. Não se sabe se o coronel, muito influenciado pelo ex-presidente da CBF Marco Polo Del Nero, vai fazer o mesmo.

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