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Santos volta a esbarrar no Ceará, empata e vê disputa pela Libertadores distante

Equipe de Cuca abre o placar com Marinho, mas cede o empate e ainda tem gol anulado após revisão do VAR

27 dez 2020 - 21h05
(atualizado às 21h05)
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O Ceará se tornou uma pedra no sapato do Santos. O algoz do time de Cuca na Copa do Brasil voltou a empatar na Vila Belmiro, desta vez pelo Brasileirão. Com o 1 a 1, os paulistas seguem na oitava posição, com 39 pontos, mas veem a concorrência subir e ficam longe do G-4.

Com sentimento de vingança, o Santos começou com tudo na Vila Belmiro e até abriu o marcador com Marinho. Mas os visitantes buscaram o empate antes do intervalo, com Samuel Xavier, e souberam se defender.

Disposto a tudo na etapa final, Cuca terminou o jogo sem laterais, com somente um volante e um amontoado de jogadores ofensivos se esbarrando nos chuveirinhos à área. Desorganizado e na base do desespero, o Santos não conseguiu o segundo e decisivo gol. Somou, assim, o quarto jogo sem ganhar no Brasileirão.

Com 39 pontos, o Santos fica a oito de distância do Inter, o quarto colocado. Mesmo estando nas semifinais da Copa Libertadores, a meta é terminar o Nacional entre os quatro primeiros colocados, algo difícil no momento.

Sem Lucas Veríssimo, negociando com o Benfica, Luan Peres entrou com a braçadeira de capitão. Uma homenagem de Cuca em possível adeus do zagueiro. O contrato vence dia 31 e o Club Brugge pede 5 milhões de euros para negociá-lo em definitivo. Não aceita novo empréstimo.

Mas a expectativa no confronto estava em Marinho. Em três jogos diante do Ceará no ano, o artilheiro santista não havia anotado gols. O atacante até trabalhou na folga de Natal para findar esse jejum.

O camisa iniciou a batalha com Fernando Prass que marcou as semifinais da Copa do Brasil aos 5 minutos. O goleiro espalmou a primeira bomba. No segundo, enfim o "desencanto". Boa trama e chute no cantinho.

Na briga particular com Thiago Galhardo, do Inter, também fez o 22º gol no ano. No Brasileirão tem um a menos: 15. Superou, entretanto, sua melhor marca de bolas na rede da carreira numa temporada. O máximo que havia feito era de 21 com a camisa do Vitória.

Ao sair atrás do marcador, Guto Ferreira gritou que sua equipe "não estava no jogo". Uma bronca assimilada pelo grupo. O Ceará cresceu e rondou a área de John Victor. De tanto insistir, empatou, com Samuel Xavier. E quase virou com Vina.

O Santos se lançava muito ao ataque em busca do gol e deixava espaços para os contragolpes. Pelo terceiro confronto seguido os times vão ao intervalo com o empate.

Com uma modificação, Cuca voltou apostando em escalação mais ofensiva e aplicando um enorme sufoco na busca do segundo gol. Marinho e Kaio Jorge tiveram oportunidades boas.

Sem conseguir furar a defesa cearense, Cuca optou por abrir ainda mais time, abrindo mão de um volante. Soteldo, um dos substituídos, não gostou nada de sair e ficou na bronca. Chutou copo d'água e mostrou enorme indignação.

O Santos estava todo bagunçado em campo e sofrendo com perigosos contra-ataques. Mas faltou capricho ao Ceará em duas belas arrancadas. Mesmo desorganizado, a vitória quase veio. Marinho voltou a parar em Fernando Prass e, na cobrança do escanteio, colocou na cabeça de Arthur Gomes, que fez o gol, mas a bola bateu no braço. O VAR anulou. E o 1 a 1 foi o placar final.

FICHA TÉCNICA:

SANTOS 1 x 1 CEARÁ

SANTOS - John Victor; Alison (Arthur Gomes), Laércio, Luan Peres e Felipe Jonatan (Jean Mota); Diego Pituca, Sandry (Vinícius Balieiro) e Soteldo (Bruno Marques); Lucas Braga, Marinho e Kaio Jorge (Lucas Lourenço). Técnico: Cuca.

CEARÁ - Fernando Prass; Samuel Xavier (Eduardo), Tiago, Klaus e Bruno Pacheco; Fabinho, Charles (Pedro Naressi) e Fernando Sobral (Kelvin); Vina, Lima (Saulo Mineiro) e Cléber (Felipe Vizeu). Técnico: Guto Ferreira.

GOLS - Marinho, aos 10, e Samuel Xavier, aos 37 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Cléber e Saulo Mineiro (Ceará); Diego Pituca, John Victor e Felipe Jonatan (Santos).

ÁRBITRO - Rodolpho Toski Marques (PR).

RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.

LOCAL - Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP).

Estadão
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