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Rosenberg acredita no potencial da Arena e quer renegociação de dívida

17 ago 2017 - 10h03
(atualizado às 10h16)
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Líder do Campeonato Brasileiro, o Corinthians tem como um dos seus grandes trunfos o seu estádio. Contudo, ao mesmo tempo que traz muitos benefícios em campo, a Arena do Timão não gera renda para o time alvinegro, já que o dinheiro da bilheteria é revertido para um fundo com finalidade de pagar a construção da nova casa corintiana.

O ex-vice-presidente Luís Paulo Rosenberg acredita que o estádio do campeão paulista de 2017 ainda pode ser uma poderosa fonte de renda para o clube e ele ainda afirmou que a próxima gestão do Corinthians precisa renegociar a dívida.

"A arena não está com todo o seu potencial sendo explorado por uma série de razões, então tem muita riqueza para ser extraída", declarou em entrevista à Gazeta Esportiva em evento na Insper. "A nossa casa realmente é diferenciada e esse é o grande objetivo. Claro que uma arena com aquelas qualidades e bem gerida pode trazer bastante recurso para o clube. Infelizmente o estádio ficou pronto em um momento em que a economia ia muito mal e em que a construtora se viu digamos envolvida em questões delicadas e de práticas pouco éticas. Isso é uma fase e vai passar".

"Acho que a próxima gestão do time vai ter uma oportunidade excepcional de renegociar essa dívida. Esse passivo está completamente longe da formação inicial. A gente sempre disse que o Corinthians vai pagar os R$ 400 milhões que era o que custaria o estádio que queríamos. Se tem um custo adicional e São Paulo, cidade e estado, consideram que esse mérito adicional e que vale a pena bancar, o Corinthians faz esse sacrifício, mas eu não paga. Esse era o pacto. A prefeitura honrou, emitiu o certificado e agora, de repente, querem enfiar um supositório de dois bilhões. Isso não dá. Então a gente tem que renegociar isso e voltar às bases iniciais".

O braço direito Andrés Sanchez ainda destacou que o Arena Corinthians deverá ser uma atração que funciona sete dias por semana, atendendo o público da Zona Leste, sem prejudicar as condições do gramado.

"O estádio, acima de tudo, é um shopping center. Ele tem uma praça de alimentação, um espetáculo que substitui o cinema e pode ter shows. O nosso estádio nunca vai admitir que você faça um show em que a Madona fique pulando no gramado, onde os nossos adversários costumam a escorregar. Na área externa, você pode fazer shows incríveis, populares, nada de para coxinha, mas para o nosso pessoal da Zona Leste, A Arena tem que virar um marco, um polo de atração sete dias por semana", declarou Rosenberg.

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O ex-diretor de marketing do Timão ainda falou sobre o naming rights do estádio corintiano. Para ele, Andrés Sanchez não é a pessoa mais indicada para vender o nome da casa do clube alvinegro, mas ele não vê isso como um empecilho.

"Ficou muito mais difícil para negociar o naming rights com a recessão. A especialidade do Andrés não é vender patrocínios, ele é um estrategista, um homem com visão de longo prazo incrível. Isso quem quiser negar vai ter que negar a evidência histórica. Mas ele se entusiasma. Então vem um picareta com uma proposta escrita em um papel higiênico, ele fica tão entusiasmado e acha que está com uma proposta séria. Isso não é defeito, não é problema, não atrapalha em nada. Pode servir de piada para são paulinos e palmeirenses com dor de cotovelo, mas é corrigível".

*Especial para a Gazeta Esportiva

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