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Rivais, Lucca e Roger esperam mostrar futebol contra ex-clubes

26 mai 2018 - 08h27
(atualizado às 08h27)
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A partida entre Internacional e Corinthians, na tarde de domingo, no Beira-Rio, marcará o encontro entre dois vira-casacas. Os recém-contratados Lucca e Roger terão a chance de provar utilidade aos técnicos Odair Hellmann e Osmar Loss justamente contra os clubes em que estavam no princípio da temporada - ainda que um ou outro inicie o encontro no banco de reservas.

O momento é favorável para os dois atacantes. Na rodada passada do Campeonato Brasileiro, ambos desencantaram. Lucca foi titular contra a Chapecoense - porque o meia argentino D'Alessandro se lesionou de última hora - e não decepcionou. Marcou o primeiro gol da vitória por 3 a 0 e cobrou a falta para o zagueiro Rodrigo Moledo, de cabeça, anotar o segundo. Foi também pelo alto que Roger balançou as redes pela primeira vez como corintiano, completando um escanteio cobrado pelo armador Mateus Vital. O centroavante, contudo, lamentou o empate por 1 a 1 com o Sport, adversário que enfrentou porque o técnico Fábio Carille (agora, do saudita Al Wehda) preservava boa parte do seu time.

Se for levado em consideração o tempo de casa, Lucca conhece bem melhor o Corinthians do que Roger. O jogador maranhense veio do Criciúma para o clube paulista em 2015, mostrando-se importante na conquista do Campeonato Brasileiro daquele ano. O bom desempenho motivou a diretoria a adquirir os direitos econômicos do atacante, que não conseguiu vingar. Passou boa parte de 2016 na reserva e, na temporada seguinte, resolveu aceitar uma proposta de empréstimo para a Ponte Preta mesmo após Carille dizer que contava com ele.

"Não é demérito ficar como opção em um grande clube como o Corinthians, com vários jogadores qualificados. Normal. Agora, o Inter é mais um desafio na minha vida. Tenho total respeito pelo Corinthians, mas ficou para trás", declarou Lucca, quando chegou ao Beira-Rio. Pouco antes, ele passou a ser visto como uma moeda de troca pela direção alvinegra ao impacientar a torcida nos 10 jogos que disputou em 2018, os últimos dos seus 69 como corintiano, com 12 gols marcados durante a trajetória.

A transferência de Lucca para o Inter foi facilitada por causa de Roger. Desesperado em busca de um novo centroavante desde que perdeu Jô para o Nagoya Grampus, do Japão, o Corinthians resolveu investir esforços no rodado atleta que já havia tentado tirar do Botafogo e abriu negociações com o clube gaúcho. "Na época, optei pelo Inter porque o Jô permaneceria no Corinthians e seria difícil eu jogar", justificou o atleta, sobre a opção que fez ao sair do Rio de Janeiro.

Em Porto Alegre, Roger não foi bem. Participou de apenas 13 jogos, com dois gols marcados. "Iniciei tendo uma sequência, mas não consegui adquirir a confiança do treinador, emendando um jogo no outro. Sabemos que um camisa 9 precisa disso. Quando houve a oportunidade de troca (por Lucca), fui o primeiro a dizer que sim", apontou.

Desgastado no Corinthians, Lucca também não titubeou. O atacante já começou a agradar à crítica no Inter e tem recebido elogios entre os analistas. Roger, por sua vez, foi contestado ao desperdiçar um gol livre de marcação na altura do pênalti em sua estreia, no frustrante empate por 1 a 1 com o Ceará, mas tem a confiança dos seus superiores. Novo técnico corintiano, Osmar Loss poderá usar o atleta também na Copa Libertadores da América a partir do mata-mata e avaliará a possibilidade de retomar o esquema tático com um atacante de referência.

Para contrariar os destinos que tiveram nos últimos clubes que defenderam, entretanto, Lucca e Roger esperam se destacar já neste fim de semana. O intuito de ambos é fazer valer a folclórica "lei do ex", segundo a qual jogadores são propensos a se tornar carrascos dos seus ex-clubes. Quando estava emprestado à Ponte, por exemplo, o atacante colorado fez dois gols sobre o Corinthians. E comemorou bastante.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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