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Riquelme detona Brasil e aponta maus-tratos da polícia em BH

Vice-presidente do Boca Juniors, ex-jogador não se envolveu em grande confusão no Mineirão, mas criticou tratamento dado a time em delegacia

30 jul 2021 - 21h44
(atualizado às 23h46)
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Após a classificação do Atlético-MG nos pênaltis em cima do Boca Juniors - 3 a 1 após 0 a 0 no tempo normal, no último dia 20 -, houve uma grande confusão na entrada do vestiário do Mineirão, iniciada pela delegação argentina em Belo Horizonte. A desclassificação ainda não foi engolida no país vizinho. Riquelme, vice-presidente do clube de Buenos Aires, deu fortes declarações atacando o Brasil. Segundo o ex-jogador, os brasileiros "têm permissão para fazer tudo".

Riquelme deu fortes declarações contra o Brasil (Reprodução: vídeo Twitter Boca Juniors)
Riquelme deu fortes declarações contra o Brasil (Reprodução: vídeo Twitter Boca Juniors)
Foto: Lance!

"Não estamos contentes com a imagem do outro dia. O primeiro: é fácil falar sentado em uma cadeira. Mas termina o jogo, você vai caminhando pelo corredor, o segurança te empurra, te acerta um soco. A polícia te joga gás na cara, te arde a cara. Você vai se defender? O que você vai fazer?", disse em entrevista à Rádio 10, de Buenos Aires.

"No Brasil vale tudo. E ninguém faz nada. O Tigre não jogou o segundo tempo (da final da Sul-Americana de 2012). Eles (os brasileiros) têm permissão para fazer tudo. Te arrebentam na paulada. Nos arrebentaram, mas não aconteceu nada porque ganhamos a Copa (Libertadores). Eu joguei contra o Palmeiras em 2000 e nunca vivi uma coisa igual", afirmou o ex-camisa 10 do Boca, se referindo à decisão da Libertadores daquele ano, quando o time argentino se sagrou campeão vencendo a equipe brasileira nos pênaltis, no Morumbi.

De acordo com Juan Román Riquelme, a delegação do Boca Juniors sofreu maus-tratos na delegacia mineira em Belo Horizonte, para onde a equipe argentina foi levada após protagonizar atos de vandalismo no Mineirão. Os argentinos foram obrigados a depor pela agressão de funcionários e por iniciar a confusão generalizada no Mineirão. Os depoimentos duraram cerca de 12h.

"Estávamos jogando a semifinal de Libertadores e um torcedor invadiu o campo, acertou uma tesoura no bandeirinha e depois deu um peixinho no gramado. No Brasil vale tudo, nos maltrataram bastante na delegacia, fizeram o depoimento durar mais de dez horas. Vejam vocês, o presidente do Atlético-MG estava atirando garrafas e estava em sua casa", acusou Riquelme.

"O que você faz? Entendo que você é jornalista e quer se fazer de santo. Mas se te batem, te jogam aerosol nos olhos...Não estou de acordo com a imagem, mas é preciso se defender", concluiu.

Lance!
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