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Presidente do Santos avisa que Robinho e Gabigol são caros para o clube

9 jan 2018 - 20h48
(atualizado às 20h48)
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José Carlos Peres está tomando conhecimento da atual situação financeira do Santos em meio a janela de contratações para a temporada 2018. Na noite dessa terça-feira, o presidente recém-eleito participou do tradicional evento de homenagem a Urbano Caldeira, no estádio da Vila Belmiro, e demonstrou pessimismo quando questionado sobre dois ídolos do Peixe: Robinho e Gabigol.

Eterno ídolo da geração de 2002, Robinho está livre no mercado depois da passagem pelo Atlético-MG na última temporada, mas tem salário considerado elevado e ainda se defende de uma acusação de estupro na Itália. O polêmico tema extracampo também atrapalha qualquer negociação.

"Do Robinho eu posso garantir para você que pelo menos do meu conhecimento não existe. Pode ser que amanhã mude. Hoje, não tem. Você sabe que para montar um grande elenco você precisa de dinheiro. Hoje o Santos não tem dinheiro para fazer grandes contratações, então, você tem que trabalhar as contratações de maneira bem pontual, bem estudada. Quando você tem pouco dinheiro você tem que gastar bem", comentou Peres, antes de começar a despistar incumbindo tais responsabilidades ao executivo de futebol Gustavo Vieira.

"O Robinho é um grande jogador, identificado com o clube, temos grande carinho para ele, as portas abertos para ele, Neymar, e todos estarão abertas. Todos serão tratados com carinho. Desconheço qualquer negociação com Robinho, mas estamos reorganizamos o Santos e criando uma hierarquia. Hoje quem trata de negociações é o Gustavo Vieira e o técnico. Ele (Jair) pede e (o Gustavo) vai ao mercado. Para mim não chegou nada. Eu combinei de não ficar atravessando ele (Gustavo), de deixar ele trabalhar. Chegou em mim: eu falo se gostei ou não", explicou.

José Carlos Peres aproveitou o momento para esclarecer um entrevero público que acabou tendo com a representante do ex-camisa 7 do Santos quando comentou a condenação do atleta na Europa e garantiu que hoje isso não seria problema para uma eventual contratação.

"Não existe nenhum veto. A única coisa que falei é a questão do processo, e a advogada dele disse que não deveria me preocupar com isso. Eu não acuso ninguém em primeira instância. É uma coisa particular do jogador e vãos aguardar os acontecimentos. Pode ser, mas não é de meu conhecimento uma conversa com Robinho", reforçou.

Já o caso de Gabriel parece um pouco mais complexo. A Inter de Milão comprou o atleta do próprio Santos na janela do meio do ano de 2016 por 29,5 milhões de euros. Depois de emprestá-lo ao Benfica, onde o atacante também não vingou, os italianos estão dificultando um empréstimo ao Peixe para tentar recuperar o investimento.

"O pai dele e os procuradores estão trabalhando essa vinda para o Brasil. Todos os grandes jogadores são importantes, não posso dizer para vocês que tem alguma negociação. Eu sei que teve alguma conversa no passado, não sei se isso prolongou ou não. É difícil, quem joga no mercado italiano tem números elevados e o clube não pode de maneira nenhuma disputar com clubes da Europa. A gente disputa "malemá" com clubes do Brasil. Como aqui está raro o talento, as coisas ficam mais caras. Isso não é nem um defeito do Santos, o futebol brasileiro que está vivendo isso", disse Peres, pessimista e taxativo de que as tratativas envolvem mais de 1,5 milhão de euros pelo empréstimo.

"O valor é maior do que esse. Os chineses que tomam conta do Inter querem recuperar o que pagaram. É uma negociação difícil, nós temos uma realidade. Não vamos dar passo maior que a perna", concluiu o mandatário alvinegro.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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