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Polícia peruana pedirá ajuda de Brasil e Argentina sobre torcidas de Fla e River

Coronel alega que histórico violento dos torcedores faz com que as atenções fiquem redobradas para a decisão da Libertadores

8 nov 2019 - 17h07
(atualizado às 17h07)
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Depois que a Conmebol definiu a mudança da sede da final em jogo único da Copa Libertadores entre Flamengo e River Plate de Santiago, no Chile, para Lima, no Peru, a questão da segurança é uma das que mais ganhou importância. Nesta sexta-feira, a pouco mais de 15 dias para o duelo - será no próximo dia 23, no estádio Monumental -, a polícia peruana revelou que pedirá ajuda a colegas do Brasil e da Argentina para obter informações sobre torcedores dos dois clubes finalistas, especialmente os organizados.

O coronel Percy Tenorio, chefe da unidade de serviços especiais da Polícia e designado como gerente de segurança da final da Libertadores, afirmou que "trabalhará com a Polícia Federal da Argentina e com a do Brasil para que nos permita saber quem está vindo (para Lima)".

Conheça o Estádio Monumental de Lima, palco da decisão entre Flamengo e River
Conheça o Estádio Monumental de Lima, palco da decisão entre Flamengo e River
Foto: Divulgação / Estadão

Tenorio acrescentou que, devido ao violento cenário dos torcedores organizados (barra bravas na Argentina)das duas equipes, entre as mais numerosas do continente, a polícia utilizará um maior número de agentes do que costumam usar para monitorar as partidas do futebol local. "Teremos que usar a equipe de reserva ou outras unidades administrativas para nos apoiar no serviço", disse, sem divulgar o número de agentes que pode ser empregado no dia.

A violência de torcedores não é estranha no futebol peruano. Na última quarta-feira, torcedores dos clubes locais Alianza Lima e Universitario brigaram em região periférica de Lima e o saldo foi de duas mortos e quatro feridos. Confusão entre torcidas locais são frequentes em áreas humildes que não contam com a presença policial.

Esta é a segunda vez consecutiva que a partida decisiva da Libertadores é mudada de local. A primeira foi justamente por conta da violência. No ano passado, o jogo de volta da final, entre River Plate e Boca Juniors, teve que ser jogado em Madri, na Espanha, depois que torcedores do River atacaram o ônibus em que estava a delegação do Boca na chegada ao estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.

No lado do Flamengo, torcedores se envolveram em confusão com fanáticos do Peñarol, do Uruguai, em março passado, nas ruas da zona sul do Rio de Janeiro antes da partida entre os clubes pela fase de grupos da Libertadores. Havia promessa de retaliação em Montevidéu, três semanas depois, mas a ameaça não se concretizou.

Outra preocupação da polícia peruana é que o dia da final da Libertadores coincidirá com outros cinco eventos musicais que concentrarão um grande número de pessoas em outros estádios de Lima.

Estadão
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