Polêmica e criticada, Copa América começa com Brasil em campo em Brasília
Seleção de Tite enfrenta a Venezuela neste domingo após manifesto dos atletas, protestos nas ruas e 'sumiço' de patrocinadores
A polêmica e criticada Copa América começa neste domingo com a seleção brasileira em campo. Após reclamações dos atletas ao torneio, por "razões humanitárias e de cunho profissional", dos protestos de movimentos sociais no Distrito Federal por conta dos jogos durante o agravamento da pandemia e até a decisão de três patrocinadores de não associar suas marcas à competição, a bola rola com a seleção de Tite enfrentando a Venezuela, às 18h, em Brasília, pelo Grupo B.
O técnico manteve o grupo de jogadores convocados para as partidas contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias. Mesmo contrariados, eles decidiram participar da disputa - "somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à seleção brasileira", disseram em manifesto. Foi feita apenas uma mudança no elenco: Rodrigo Caio deu lugar a Thiago Silva, recuperado de lesão.
A ideia de abandono da competição se dissipou depois que Rogério Caboclo foi afastado da presidência da CBF por causa de uma denúncia de assédio sexual e moral feita por uma funcionária da entidade. Grande parte do descontentamento dos atletas estava concentrada na figura do presidente, que tratou os jogadores como subordinados da entidade e quis tentar controlar até o que eles diriam nas entrevistas coletivas.
Esta noite, contra os venezuelanos, a tendência é de que Tite mantenha o sistema de jogo, mas faça algumas mudanças no time. Alisson volta ao gol. Renan Lodi vai para a esquerda e Paquetá fica com a vaga de Roberto Firmino. As últimas partidas mostraram que a seleção apresenta disputa por vagas em diferentes setores. Não se trata daquela clara busca por espaço como acontece nos clubes, mas não dá para cravar quem é o dono da posição ainda.
De todos, apenas o goleiro Alisson para ser o dono da posição. Algumas posições parecem claras para Tite. Casemiro no meio. Marquinhos na defesa.
O técnico Tite entregou os coletes para os atletas no último treino da #SeleçãoBrasileira antes da estreia na #CopaAmérica. Confira como foi! pic.twitter.com/IgEs52Om0E
— CBF Futebol (@CBF_Futebol) June 12, 2021
Na defesa ainda, Thiago Silva está recuperado da lesão muscular sofrida na final da Liga dos Campeões e que o tirou das duas partidas das Eliminatórias. A tendência é de que ele volte a ser titular, mas Militão e Marquinhos não deram dores de cabeça na parte defensiva e foram seguros na saída de bola.
No meio, Fred atuou nas últimas duas partidas. Douglas Luiz era o titular até ficar suspenso contra o Equador. Por outro lado, há uma terceira opção. Paquetá atuou na função em parte dos dois jogos. No Paraguai, ainda definiu a vitória. Três disputando vaga. Por ora, Paquetá ganha a preferência.
No ataque a disputa continua aberta. Tite costuma olhar o adversário para escolher seu camisa 9. Diante do Paraguai, começaram jogando Gabriel Jesus, que teve ótima atuação, e Roberto Firmino, mais discreto. Também recuperado de um problema muscular, Gabigol busca outra chance. Quer jogar mais.
Na outra partida deste domingo, também pelo Grupo B, a Colômbia enfrenta o Equador na Arena Pantanal, às 21 horas. Do ponto de vista esportivo, o torneio não vale muita coisa. Ela não vale classificação para algo maior, como a antiga Copa das Confederações. Além disso, foi banalizada. Já foram realizadas edições em 2015, 2016 e 2019.
FICHA TÉCNICA
Brasil: Alisson; Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Renan Lodi; Casemiro, Fred e Taquetá; Gabriel Jesus, Richarlison e Neymar.
Técnico: Tite.
Venezuela: Faríñez; Feltsche, Osorio, Ángel e Rosales; Cásseres, Rincón e
Moreno; Savarino, Machís e Rondón.
Técnico: José Peseiro.
Juiz: Esteban Ostojich (Uruguai).
Horário: 18h.
Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Na TV: SBT, Fox Sports e ESPN.