O campeão brasileiro de 2018 recebe neste domingo a taça, as medalhas e os aplausos de sua torcida por um feito que começou a conquistar bem antes do início da competição, em abril. O Palmeiras que encara o Vitória, às 17h, no Allianz Parque, iniciou sua campanha ao decidir manter a base do elenco de 2017 e apostar em um planejamento antecipado em busca de reforços pontuais.
A base do grupo que subirá ao pódio ao fim da partida não passou por grandes modificações desde o ano passado. Apesar de ser conhecido por contratações milionárias, e desenfreadas, o Palmeiras construiu o elenco campeão brasileiro de 2018 com poucas alterações.
Dos 28 atletas do time profissional, 17 estavam no Palmeiras no fim de 2017. O restante se distribui entre retornos de empréstimos, promoção das categorias de base e contratações feitas com antecedência. Nomes como Lucas Lima, Diogo Barbosa e Weverton tinham as chegadas encaminhadas em novembro, antes mesmo do fim do Campeonato Brasileiro passado. "Com um período maior para trabalhar, há mais tempo para ajustar a equipe, mais tempo de preparação. A maioria dos jogadores estava no grupo do ano passado", ressaltou ao Estado o presidente reeleito do Palmeiras, Mauricio Galiotte.
A antecipação do planejamento incluiu ainda a contratação do treinador. Em novembro de 2017, a diretoria trouxe Roger Machado para participar da montagem do elenco e começar a ter contato com os jogadores. Embora o treinador tenha sido demitido em julho desde ano, a estrutura do clube não mudou.
Ao longo da temporada, o Palmeiras fez somente duas contratações, ambas para a defesa. Os zagueiros Nico Freire e Gustavo Gómez assinaram vínculo por empréstimo, de modo a fazer com que o Palmeiras não gastasse valores elevados.
Taça do Campeonato Brasileiro de 1994 - Em 1994, o Palmeiras sagrou-se campeão ao vencer o Corinthians em dois jogos. A primeira partida aconteceu dia 15 de dezembro, no Pacamebu, em que o Palmeiras venceu por 3 a 1 com dois gols de Rivaldo e um de Edmundo pelo alviverde e gol de Marques pelo alvinegro. No segundo duelo, dia 18 de dezembro, também no Pacaembu, empate por 1 a 1 com gols de Rivaldo e Marques. O capitão na ocasião foi César Sampaio.
Foto: Divulgação/ Palmeiras / Estadão
Taça do Campeonato Brasileiro de 1993 - Em 1993, o Campeonato Brasileiro foi decidido entre Palmeiras e Vitória em dois jogos. No primeiro encontro entre as equipes, dia 12 de dezembro na Fonte Nova, em Salvador, o alviverde venceu por 1 a 0, com gol de Edílson. No reencontro entre os times, 19 de dezembro no Morumbi, o Palmeiras ganhou por 2 a 0 com gols de Evair e Edmundo. César Sampaio era o capitão da equipe;
Foto: Divulgação/ Palmeiras / Estadão
Campeonato Nacional de Clubes de 1973 - A fase final do campeonato era no formato de quadrangular final, em turno único, em que seria campeão o time que tivesse a melhor campanha nesta fase. Na primeira rodada, dia 13 de fevereiro de 1974, o Palmeiras derrotou o Cruzeiro no Mineirão por 1 a 0, gol de Edu Bala. Na segunda rodada, dia 17 de fevereiro de 1974, o Palmeiras derrotou o Internacional por 2 a 1 no Morumbi com gols de Ronaldo e Luís Pereira pelos paulistas e Figueroa pelos gaúchos. Por fim, a 3ª rodada foi realizada dia 20 de fevereiro de 1974 com empate sem gols entre Palmeiras e São Paulo, jogo realizado no Morumbi que concretizou o título de 73. O capitão do Palmeiras foi Ademir da Guia. Vale destacar que, nos anos de 1960 e 1970, não havia a figura do capitão, nem levantamento de taças. Na ocasião, Da Guia representava o Palmeiras, assinando a súmula e tirando par ou ímpar.
Foto: Divulgação/ Palmeiras / Estadão
Campeonato Nacional de Clubes de 1972 - Este torneio nacional foi decidido em jogo único, com o empate favorecendo o clube com maior pontuação durante a competição. Na final, realizada dia 23 de dezembro no Morumbi, Palmeiras e Botafogo empataram em 0 a 0. De acordo com o regulamento do campeonato, o time paulista sagrou-se campeão daquele ano. O Palmeiras havia marcado 42 pontos enquanto o Botafogo fez 33 pontos. Ademir da Guia foi o capitão.
Foto: Divulgação/ Palmeiras / Estadão
Taça do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1969 - Em 1969, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, também chamado de Taça de Prata, foi vencido pelo time alviverde. Esta competição foi decidida pelo formato de quadrangular, onde todos os times se enfrentariam em jogo único e o maior pontuador neste período seria o campeão. Palmeiras e Corinthians ficaram no empate sem gols dia de 30 novembro no Morumbi. Em seguida, o Palmeiras empatou com o Cruzeiro por 1 a 1 no Mineirão no dia 3 de dezembro, com gols marcados por Palhinha, pelo time mineiro, e César, pela equipe paulista. Por fim, o Palmeiras venceu o Botafogo por 3 a 1 no Morumbi no dia 7 de setembro com dois gols de Ademir da Guia e um de César pelos paulistas, e um gol de Ferretti pelos cariocas. Como Palmeiras e Cruzeiro empataram em pontos, o critério de desempate foi o saldo de gols, favorecendo a equipe alviverde. O capitão Ademir da Guia levantou seu primeito título nacional com a equipe.
Foto: Divulgação/ Palmeiras / Estadão
Taça do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967 - Em 1967, aconteceram duas competições nacionais, sendo as duas conquistadas pelo Palmeiras. O Torneio Roberto Gomes Pedrosa teve como fórmula de disputa o quadrangular com turno e returno, sendo campeão o time que mais somasse pontos no período. Dia 21 de maio, em Porto Alegre, o Palmeiras derrotou o Internacional por 2 a 1. Dia 24 de maio, em São Paulo, o alviverde empatou com o Corinthians por 2 a 2. Dia 28 de maio, em Porto Alegre, o Palmeiras empatou com o Grêmio por 1 a 1. Já no retuno, dia 1º de julho, em São Paulo, Palmeiras empatou sem gols com o Internacional. Dia 4 de julho, também em São Paulo, o time alviverde derrotou os rivais paulistas pelo placar mínimo. Por fim, dia 8 de julho, em São Paulo, o Palmeiras venceu o Grêmio por 2 a 1 e sagrou-se campeão. O capitão deste títutlo foi Djalma Santos.
Foto: Divulgação/ Palmeiras / Estadão
Taça Brasil de 1967 - Em sua penúltima edição, a Taça Brasil de 1967 foi vencida pelo Palmeiras, que entrou apenas nas semifinais por ser considerada como uma equipe forte, campeã do Campeonato Paulista de 1966. Na final, encarou o Náutico, tendo a primeira partida realizada dia 20 de dezembro na Ilha do Retiro, em Recife, com vitória palestrina por 3 a 1, gols marcados por César Maluco, Zequinha e Lula pelo Palmeiras e Nino pelo Náutico. Em 27 de dezembro, o segundo jogo foi realizado no Pacaembu com vitória do time pernambucano por 2 a 1, gols de Ladeira e Nino para o Náutico e Tupãzinho pelo Palmeiras. No desempate, realizado dia 29 de dezembro no Maracanã, o Palmeiras sagrou-se campeão ao derrotar o adversário por 2 a 0, gols de César Maluco e Ademir da Guia. Djalma Santos ergueu o troféu da conquista.
Foto: Divulgação/ Palmeiras / Estadão
Taça Brasil de 1960 - Originalmente chamado de Taça Brasil, o torneio nacional em 1960 foi vencido pelo Palmeiras ao derrotar o Fortaleza em dois jogos. O primeiro deles, realizado dia 22 de dezembro no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, foi vencido por 3 a 1 com dois gols de Romeiro e um de Humberto para os alviverdes e um gol de Benedito para o time da casa. Na segunda partida, dia 28 de dezembro no Pacaembu, goleada palmeirense por 8 a 2 com gols de Zequinha, Chinesinho duas vezes, Romeiro, Julinho Botelho, Cruz duas vezes e Humberto. Charuto descontou duas vezes para o Fortaleza. Julinho Botelho levantou a taça nesta edição pelo Palmeiras.
Foto: Divulgação/ Palmeiras / Estadão
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"O Palmeiras se preparou para chegar a esse patamar. É um time que planeja o que vai fazer. Desde que cheguei ao clube, em 2015, a gente sabe quais são os objetivos", explicou o atacante Dudu. A permanência do jogador no elenco é um exemplo de outra parte do trabalho de planejamento. A diretoria também atuou na manutenção dos principais nomes da equipe. Dudu teve propostas tentadoras da China e foi convencido a ficar.
Não foi um trabalho de seis meses. É um planejamento de quatro anos e permanente. O trabalho encontrou como aliado Luiz Felipe Scolari. Ao confiar na força do elenco, ele promoveu um rodízio de atletas e fez o clube ser semifinalista de duas competições e chegar ao título nacional com folga. Para 2019, a receita parece se repetir. A diretoria anunciou na última semana as chegadas do atacante Arthur e do meia Zé Rafael. Outros reforços pontuais estão por vir. A crença é que as competições da próxima temporada já começaram.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS X VITÓRIA
PALMEIRAS: Weverton (Fernando Prass); Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena e Victor Luís; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Gustavo Scarpa, Dudu e Borja (Deyverson). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
VITÓRIA: João Gabriel; Jeferson, Lucas Ribeiro, Bruno Bispo e Benítez; Willian Farias, Léo Gomes e Yago; Lucas Fernandes, Erick e Léo Ceará. Técnico: João Burse.