PUBLICIDADE
Logo do Fluminense

Fluminense

Favoritar Time

'Os momentos ruins que vivi neste ano me fizeram crescer'

Depois de longa briga judicial com o Fluminense e uma lesão rara, Scarpa quer conquistar espaço em 2019

29 nov 2018 - 05h12
(atualizado às 05h12)
Compartilhar
Exibir comentários

Gustavo Scarpa teve um ano difícil. Viveu uma longa batalha judicial para se desvincular do Fluminense por causa de direitos trabalhistas. Depois, sofreu uma lesão rara no calcanhar. As coisas só melhoraram nos últimos meses. "Esses momentos ruins me fizeram crescer", disse o meia de 24 anos.

Qual é o seu balanço de 2018?

É positivo, apesar das dificuldades extracampo. Depois dos problemas judiciais, é gratificante terminar o ano em campo e como campeão brasileiro.

Foi o pior ano de sua carreira?

Talvez, pelo fato de ter ficado parado. Tive uma lesão rara. Foi difícil, mas não foi um ano para ser esquecido. Os momentos ruins me fizeram crescer. A situação extracampo foi um baque muito grande, mas me fortaleceu. Terminar o ano entrando nas partidas, fazer um gol e ser campeão brasileiro me deixam muito feliz.

Qual o momento mais difícil?

Os três meses e meio que fiquei em casa foram os mais difíceis do ponto de vista profissional. Do ponto de vista espiritual, eu consegui ficar perto dos amigos e da família. Foi ruim não saber quando eu voltaria. Eu ficava ansioso, esperando a decisão todos os dias.

O que pensa sobre o Flu?

As coisas poderiam ser diferentes. Foram feitas inúmeras tentativas de negociação. Fico triste pelos amigos, funcionários e jogadores. Torço por eles. Não precisa ser um expert para saber que o clube é mal administrado. E não é de hoje.

Teve momentos de desespero nos quase quatro meses?

Eu errei ao ver TV e acessar as redes sociais. Eu ficava mal, pois muitas pessoas que não tinham informação davam opiniões sem sentido.

Quem é o Scarpa hoje?

É um menino simples, do interior, que tem fé em Deus, tem suas falhas como qualquer um, mas que tem seus princípios e luta pelo que é certo. Se puder ajudar, ok; se não puder, eu não atrapalho. São coisas que meu pai me ensinou. Eu luto por aquilo que eu acredito.

Pensa em ser titular em 2019?

Sem dúvida. Todo mundo aqui pensa. Sempre respeitando o espaço do companheiro e nunca passando por cima de ninguém. Quero poder ajudar mais a equipe do Palmeiras.

E a concorrência?

A concorrência não permite que você se acomode. Se você der uma brecha em dois treinos, já pode perder a posição.

Quem é o Felipão?

Um vencedor, com credibilidade para passar os treinamentos. A galera compra as ideias dele por causa do espírito vencedor e dos times que montou, como a seleção de 2002.

Existe uma família realmente?

O Felipão entende a linguagem dos jogadores, sabe como funciona a resenha. Ele nos ajudou muito.

Como foi vencer o Brasileirão, mas ser eliminado na Libertadores e Copa do Brasil?

Muito difícil. A gente queria os três títulos, mas sabia que seria muito difícil. Chegamos longe em duas delas (semifinal) e ganhamos uma.

O que você pode melhorar?

Falando de fundamentos, acho que o cabeceio e a perna direita. Além disso, nunca é demais melhorar na questão física e na questão técnica.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade