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O individual que se tornou coletivo, mas não brilha: conheça a França

13 jul 2018 - 08h43
(atualizado às 08h43)
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Antes do início da Copa do Mundo, da Rússia, muitos apontavam a França como uma das favoritas ao título. Com um elenco recheado de estrelas, o grande desafio do técnico Didier Deschamps era transformar em um time competitivo, e até o caminho para a decisão, em Moscou, o treinador encontrou a equipe.

A estreia dos Blues não foi das melhores. A vitória por 2 a 1 diante da Austrália mostrou muitos problemas de jogo coletivo. Dessa forma, Deschamps foi mexendo na equipe, até descobri-la no histórico triunfo frente a Argentina, de Lionel Messi por 4 a 3.

Desde então, os franceses passaram a ser um time reativo. De propor o jogo, a esperar o adversário. Foi assim que a França bateu a Bélgica pelo placar de 1 a 0. Os belgas tiveram mais posse de bola, mas a defesa se mostrou estável. Além disso, o contra-ataque é fulminante, ao roubar a bola, os jogadores já procuram Mbappé pela direita. A revelação do Mundial faz estragos nas defesas rivais, e cria as principais chances da equipe.

Além de Mbappé, Pogba e Griezmann são outros nomes que podem decidir a parada para a França, mesmo quando o time não se mostrar brilhante, como na semifinal. Foi dos pés do camisa 7, que saiu o gol, na cobrança de escanteio. Já o meio-campista se mostrou um leão, ao marcar individualmente Fellaini.

Deschamps deu de fato um padrão ao time. No entanto, falta ser menos previsível. A válvula de escape é sempre Mbappé. Dessa forma, bater um time com defesa organizada é complicado para os Blues. Diante do Uruguai, os gols saíram a partir de uma bola parada, e falha do goleiro Muslera, na finalização fraca de Griezmann.

França é o melhor time da Copa?

Seleção francesa dependente de Mbappé

Jogadores da França usam final da Euro como aprendizado

Kanté, Pogba e Matuidi formam a trinca no meio-campo. Além da qualidade indiscutível do trio, os jogadores têm uma força física ímpar. Esse fator pode ser primordial para a equipe de Didier Deschamps dominar o principal setor do jogo, e anular as peças croatas, especialmente Modric e Rakitic.

O camisa 9, Giroud, destoa de todo o resto do time. O jogador vem fazendo uma fraca Copa do Mundo, finaliza pouco, e não vem mostrando a presença de área necessária em certos momentos. Apesar disso, não "atrapalhou" na campanha dos franceses. Porém, centroavante vive de gol, e ele pode fazer o do título. Por que não?

Pavard e Lucas Hernandez nunca foram os laterais favoritos. No entanto, estão fazendo um excelente Mundial. Com firmeza na marcação e úteis na frente, podem ajudar o time francês. Mas, podem sentir o peso de um jogo gigantesco como uma final de Copa do Mundo. Ambos têm 22 anos, jogam no Stuttgart e no Atlético de Madrid, respectivamente.

Depois de dois anos, a França voltará a disputar uma decisão importante. Jogando em casa, o time perdeu a final da Eurocopa para Portugal por 1 a 0, gol de Eder. Na ocasião, Cristiano Ronaldo, lesionado deixou a partida ainda no primeiro tempo. Mesmo assim, a equipe não fez um grande jogo, e acabou saindo derrotada.

Dessa forma, o peso é grande. Até que ponto o trauma da Euro perdida em casa pode pesar na finalíssima da Copa, em Moscou? Esse, talvez, seja o ponto fraco que mais preocupa os comandados de Didier Deschamps para não faturarem o bicampeonato.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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