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Muslera falha, França vence Uruguai e volta às semifinais após 12 anos

Varane e Griezmann marcaram os gols da classificação europeia

6 jul 2018 - 13h09
(atualizado às 13h10)
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Com um futebol veloz, envolvente e sem sofrer em quase nenhuma parte do jogo, a França venceu o Uruguai nesta sexta-feira em Nizhny Novgorod e está na semifinal da Copa do Mundo da Rússia. Com calma, o time do técnico Didier Deschamps colocou a bola no chão, se aproveitou da ausência do atacante uruguiao Edinson Cavani e merece estar entre os quatro melhores times do mundo.

O jogo até que começou equilibrado. Nos primeiros dez minutos, o Uruguai pressionou bem a França, que mostrava alguma dificuldade para manter a posse de bola. A equipe do técnico Óscar Tabárez tentava agredir o adversário, porém, sem muita eficácia - Cavani fazia muita falta ao time, apesar de seu substituto, Stuani, se desdobrar para ajudar Suárez no ataque e ainda voltava para recompor o sistema defensivo do time.

Após essa primeira parte do jogo, já com a maioria da torcida uruguaia quieta, o time francês começou a impor o seu ritmo na partida e criou a primeira boa chance de gol aos 14 minutos. Em uma bola rebatida dentro da área, Giroud ajeitou de cabeça para Mbappé, que estava sozinho, dentro da pequena área, mas cabeceou por cima do gol, fraquinho.

A partir desse lance, a qualidade do jogo caiu. A França tentava avançar com a velocidade de Griezmann e Mbappé, mas o Uruguai bloqueava com eficiência e a bola não chegava redonda para os articuladores do time francês.

Depois de muito tempo sem nenhum dos dois times terem criado nenhuma chance de gol, e após dois cartões amarelos, um para cada time, por faltas mais duras, a França abriu o placar em uma jogada que é uma das principais armas do Uruguai - o cruzamento na área.

Após falta boba de Bentancour, Griezmann levantou com perfeição na área. O zagueiro Varane "passou por cima" de Stuani, atacou a bola com perfeição, cabeceando no canto direito de Muslera, sem chances de defesa para o goleiro da seleção uruguaia, e para festa da pequena, mas barulhenta torcida da França em Ninzhy.

O Uruguai poderia ter empatado a partida no lance seguinte, em jogada parecida. Após falta de Kanté em cima de Cácerez, a bola foi levantada na área e o próprio Cáceres desviou para o gol, para excelente defesa de Lloris. No rebote, o zagueiro Diego Godín, sozinho dentro da pequena área, chutou por cima do gol.

A segunta etapa começou com a seleção da França mais em cima, arriscando cruzamentos mais fechados para dentro da área, mas o goleiro Muslera saía bem do gol e afastava o perigo. Depois de duas chegadas com mais perigo de sua seleção, mas sem tanta efetividade, o técnico Óscar Tabárez fez duas alterações de uma vez só aos 13 minutos e mandou a campo Cristian 'Cebolla' Rodriguez e Maximiliano Gomez.

Só que o Uruguai não teve nem tempo de saber se as alterações do 'Maestro' Tabárez dariam certo. Aos 15, Griezmann encontrou espaço na intermediária e arriscou para o gol. O chute foi forte, mas foi no meio, na mão de Muslera. O goleiro do Uruguai tentou espalmar, mas a bola subiu e caiu dentro da meta uruguaia.

O segundo gol francês acabou com o ânimo dos uruguaios presentes no estádio de Nizhny Novgorod e o time francês, com muita calma, apenas rodou a bola, sem pressa, sem cair em provocações. Mbappé e Crisitan 'Cebolla' Rodriguez se desentenderam e levaram um cartão amarelo cada um perto dos 20 da segunda etapa.

Sem forças para buscar qualquer reação, os uruguaios apenas assistiram a festa francesa em Ninzhy. Nas arquibancadas, a torcida uruguaia cantava mesmo com a derrota e os franceses celebravam a classificação com muita descrição. A equipe, que foi campeã do mundo em 1998 e que não chegava às semifinais desde 2006, está firme na luta pelo seu segundo título.

FICHA TÉCNICA:

URUGUAI: Muslera; Cáceres, Giménez, Godín e Laxalt; Nahitan Nández (Urretaviscaya) , Torreira, Bentancur (Cristian Rodriguez) e Vecino; Luis Suárez e Stuani (Gomez). Técnico: Óscar Tabárez.

FRANÇA: Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Lucas Hernández; Kanté, Pogba, Tolisso (Nzonzi), Griezmann (Fekir) e Mbappé (Dembele); Olivier Giroud. Técnico: Didier Deschamps.

ÁRBITRO: Nestor Pitana (ARG).

CARTÕES: Lucas Hernández, Bentancour, Cristian Rodriguez, Mbappé.

PÚBLICO: 43.319 torcedores.

LOCAL: Estádio de Nizhny Novgorod, na Rússia

Estadão
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