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Carille recusa Ásia, fala de Andrés e espera por mais reforços no Corinthians

20 dez 2018 - 19h10
(atualizado às 19h10)
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Andrés Sanchez já havia dito anteriormente sobre o fato de Fábio Carille ter recusado receber um salário maior em outro clube brasileiro para acertar com o Corinthians. Nessa quinta-feira, o presidente alvinegro reiterou o ocorrido ao explicar a negociação que repatriou o treinador campeão Brasileiro e bicampeão Paulista pelo clube.

"Carille veio, não houve leilão, não houve nada. Pelo contrário. Ele tinha propostas do Brasil melhores que a do Corinthians, e ele aceitou pela história que ele tem no Corinthians, pela maneira que ele acha que ele saiu do Corinthians na época, ele se sentiu no direito de voltar para dar alegria ao nosso torcedor", afirmou o mandatário, no programa Papo Reto, exibido pelo canal oficial do Corinthians no YouTube.

O técnico, então, aproveitou para revelar que também recusou propostas oriundas de equipes da Ásia, enquanto negociava sua saída do Al Wehda, da Arábia Saudita.

"Já que você falou de clubes no Brasil, também algumas coisas de China e Japão poderiam aparecer, mas a gente deu por encerrar tudo", disse Carille, que foi recebido no aeroporto de Guarulhos por dezenas de torcedores e chegou a ser, na ocasião, protagonista do assunto mais comentado no Twitter, no Brasil.

"Sim, isso é algo que mexeu muito comigo ainda na Arábia Saudita, com os comentários sobre minha possível volta. Mexeu mesmo essa manifestação da torcida. Sei que a responsabilidade é muito maior do que era antes, mas eu me sinto muito preparado para, junto de vocês, direção, comissão técnica, realizar um bom trabalho. Feliz por esse reconhecimento, mas eu sei que a responsabilidade é muito maior", comentou o treinador, para em seguida ser interpelado por Andrés Sanchez, que estava ao seu lado. "Mas, não é o salvador da pátria, né?", brincou o presidente.

"Não é. Todos juntos, né? A responsabilidade um pouquinho de cada um para a gente voltar a fazer o Corinthians bem forte", respondeu o subordinado, entre risos.

Na entrevista institucional, o próprio Andrés é quem faz as perguntas, em tese sugeridas por torcedores via redes sociais. Uma delas serviu justamente para que Fábio Carille respondesse sobre as constantes afirmações de que sua relação com o atual mandatário do clube não é das melhores.

"Muito se falou sobre isso, mas na verdade, o Andrés, eu sei o quanto ele se esforçou para que eu ficasse naquele momento. Nossa relação é muito boa nesses nove anos e meio dentro do clube. Foram várias situações que fizeram eu tomar essa decisão. Nossa relação é muito boa, sempre muito próximo, (ele) deixa a gente trabalhar, passa toda confiança. Não foi nada por isso a minha saída do Corinthians", garantiu Carille.

De forma amigável ou puramente profissional, o fato é que a dupla, ao lado de todo o departamento de futebol, está trabalhando firme para montar o time da próxima temporada. Já foram contratados Ramiro, Richard, André Luis, Gustavo Mosquito e Michel Macedo. Luan e Sornoza estão em via de serem oficializados a qualquer momento.

"A gente está trabalhando muito em conjunto esses dias, desde que cheguei ao Brasil, foram quatro, cinco dias aqui, reunidos, mirando jogadores, sabendo da condição do clube, sabendo da situação real do que o clube precisa, os jogadores que precisam chegar. Estou satisfeito com o que está acontecendo e vou ficar muito mais feliz com as possíveis chegadas aí que a diretoria vem trabalhando", vislumbrou Carille.

Nem por isso o técnico deixará de olhar para as categorias de base. Fábio Carille, inclusive, avisou que irá a Itu, cidade sede do grupo corintiano na Copa São Paulo de Futebol Júnior, para assistir e analisar as possíveis promessas alvinegras.

"A gente foi campeão Paulista em 2017 com 14 jogadores da base no elenco profissional, sempre acompanhei aqui quando era auxiliar. Vou fazer questão de acompanhar alguns jogos em Itu, na Copinha. Vou fazer questão de estar perto. E, a gente vendo a possibilidade de subir jogadores, eu gosto de fazer essa ligação o tempo todo".

Por fim, nenhuma promessa de título ou algo do tipo. O discurso se baseou naquilo que deu certo quando tudo ainda era uma aposta, há pouco menos de dois anos.

"Eu gosto de ir por etapas, no início fazer todos entenderem, ter uma ideia de jogo, uma bastante organização, bastante entrega. Foi isso que eu falei no início de 2017 e é isso que eu volto a falar em 2019. Depois, cada dia, passo a passo, a gente vai melhorando para buscar sempre estar no topo", concluiu Carille.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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