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Marrocos paga R$ 1 milhão para Roberto Carlos representar candidatura

Ex-jogador, campeão com a seleção brasileira em 2002, foi anunciado como "embaixador" da candidatura há dois meses

12 jun 2018 - 05h13
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A candidatura do Marrocos para sediar a Copa do Mundo de 2026 destinou cerca de R$ 1 milhão para que o ex-lateral da seleção brasileira, Roberto Carlos, represente o país na campanha eleitoral. O ex-jogador foi anunciado como "embaixador" da candidatura há dois meses.

O voto na Fifa ocorre nesta quarta-feira e país do norte da África tem um desafio grande: superar a candidatura tripla dos Estados Unidos, México e Canadá. O trio de países oferecem realizar a Copa mais rentável da história.

Roberto Carlos, por dois meses de promoção, teve a função de emprestar sua imagem ao projeto e ser o porta-voz de um projeto que promete uma receita de US$ 7 bilhões (cerca de R$ 26 bilhões) para a Fifa.

Em entrevista aos jornalistas brasileiros e estrangeiros, o brasileiro insiste que sua motivação também foi social. "É um país que ainda precisar construir, um pouco como o Brasil", disse. "A gente passa por isso. Estamos envolvidos a ajudar orfanatos e asilos", apontou.

"Eu espero que o Marrocos seja como o Brasil um dia", afirmou Roberto Carlos. "O Marrocos é muito igual ao Brasil. Eles não pensam apenas no futebol. Mas no crescimento da educação, do transporte. Quando se faz uma candidatura contra os EUA, podemos até pensar: eles são loucos. Mas não são não. Eles tem uma ideia real do que querem", disse.

Apesar do "embaixador" da candidatura ser um brasileiro, a CBF já prometeu seu voto para os americanos. "Eu não tenho qualquer relação com a CBF", justificou Roberto Carlos. "O convite foi feito a mim por minha história e para que eu ajudasse com minha imagem o país", explicou.

Para ele, a disputa é entre "um país impressionante em termos econômicos contra um país que está crescendo". Em sua avaliação, os dirigentes da Fifa vão votar "pensando primeiro no futebol, na comodidade aos turistas". A esperança do ex-jogador é que, na hora do voto, a política fique em um segundo plano.

"Acho que muita gente vai ainda mudar de opinião", completou. Mas, ao finalizar a conversa, admitiu: "o desafio é enorme".

Estadão
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