Presidente do San José defende polícia e evita críticas ao Corinthians
Depois de críticas do presidente do Corinthians, Mario Gobbi, ao trabalho da polícia no jogo de quarta-feira Oruro, o presidente de San Jose, Freddy Fernández Ponce, disse em entrevista ao Terra que a responsabilidade pela morte do garoto Kevin Espada não pode recair sobre os oficiais bolivianos. Segundo o mandatário, os torcedores corintianos podem ter driblado a revista obrigatória de diferentes formas para ingressar no estádio com o sinalizador arremessado em direção à torcida rival.
"Os controles da polícia foram bem feitos com os torcedores. Mas o estádio não é alto e eles podem ter recebidos os sinalizadores de pessoas que estavam do lado de fora. Eles poderiam ter entrado também com os artefatos nas partes íntimas, que não fazem parte da revista. Eu não duvido do trabalho da Polícia", afirmou o presidente, que ainda destacou a presença de sinalizadores em partidas por todo o mundo, mas "não tão forte como este".
Freddy Fernández Ponce, no entanto, preferiu não tomar uma posição em relação à pena imposta pela Conmebol ao Corinthians. O clube teve a presença de torcedores proibida em jogos da Copa Libertadores por 60 dias ou até a decisão final sobre o tema. A diretoria anunciou que vai recorrer da punição.
"Tem que ver o regulamento da Conmebol. Não posso opinar sobre isso", disse o boliviano, que contou ter recebido ligações de representantes da Conmebol para esclarecer o caso que já indicavam que a sanção ao Corinthians seria severa.
Corinthians e San José voltam a se enfrentar no dia 10 de abril, no Pacaembu, e para este jogo o presidente disse esperar um tratamento igual ao oferecido pelos bolivianos no duelo de ida. Mas que, por conta dos últimos incidentes, tomará medidas extras para garantir a total segurança da delegação.
