Martin Silva entra em lista seleta de pegadores de pênaltis
O uruguaio Martin Silva classificou o Vasco à fase de grupos da Libertadores ao defender três pênaltis nas cobranças decisivas da noite de quarta (21), na Bolívia, quando o time carioca eliminou o Jorge Wilstermann da competição . Uma façanha que o projeta ao lado de outros goleiros que se consagraram como pegadores de pênaltis.
Essa lista, só entre brasileiros ou jogadores que atuam ou atuaram em clubes do País, reúne grandes jogadores, como Taffarel, Dida, Marcos, Rogério Ceni e, mais recentemente, Diego Alves e Gatito Fernandes.
No tempo normal, contra o Wilstermann, o Vasco perdeu por 4 a 0. Como tinha vencido no Rio pelo mesmo placar, a disputa foi para os pênaltis. Em cinco delas, Martin Silva defendeu três.
Isso é raro em jogos de mata-mata ou que decidem títulos. Situações semelhantes já foram protagonizadas por outros goleiros de renome. Emerson Leão, por exemplo, fez o que pôde para evitar um gol do Corinthians, no clássico pelo Campeonato Brasileiro de 1975, realizado em 21 de setembro, no Morumbi.
A partida terminou empatada (1 a 1) e ele só levou o gol após a quarta cobrança de um pênalti. Tudo começou quando Vaguinho sofreu falta dentro da área e o árbitro Dulcídio Wanderley Boschillia não teve dúvida em aplicar a regra. Ruço pegou a bola e disse que bateria. Ajeitou-a com carinho e, ao ouvir o apito, chutou rasteiro e sem força. Leão se adiantou e defendeu.
Boschillia então mandou que a cobrança fosse repetida. Ruço manteve o ritual e finalizou. Novamente Leão saiu antes da meta e repetiu a dose. O árbitro não hesitou em ordenar que tudo fosse feito mais uma vez, para desespero do número 1 do Palmeiras.
A essa altura, a pressão sobre a arbitragem, que partia dos palmeirenses, se intensificou, mas não houve expulsões. Ruço, certo de que não deixaria passar em branco outra oportunidade, olhou bem para a bola, calculou e, de novo, viu Leão impedir o gol. Mas o goleiro se antecipara e Boschillia determinou a quarta cobrança.
O insistente Ruço, cabisbaixo e hostilizado pela torcida, finalmente desistiu de tentar o gol de empate e a cobrança ficou a cargo de Claudio Marques. Ele pôs a bola no alto, e decretou o 1 a 1.
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