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Juventus quebra jejum de 20 anos, vence Lazio e conquista Copa da Itália

20 mai 2015 - 18h35
(atualizado às 18h39)
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Após vinte anos de jejum, a Juventus finalmente chegou à sua 10ª conquista da Copa da Itália. Nesta quarta-feira, a Velha Senhora precisou da prorrogação para vencer a Lazio por 2 a 1 no Estádio Olímpico de Roma, após um fraco tempo regulamentar.

O atacante Matri foi o herói do título, saindo do banco de reservas no final do segundo tempo para decretar a virada bianconera já na prorrogação, quebrando a monotonia de uma partida que teve dois gols nos 10 primeiros minutos: Radu abriu o placar para os romanos aos 3, e Chiellini empatou aos 10, ambos em lances de bola parada.

A Juventus não conquistava a Copa da Itália desde 1995, quando chegou ao seu nono triunfo batendo o Parma na final. Além disso, o título mantém vivo o sonho da Tríplice Coroa na temporada. Para isso, a Velha Senhora terá de passar pelo Barcelona na final da Liga dos Campeões, no dia 6 de junho.

Euforia e empate dos primeiros dez minutos dão lugar a jogo sonolento

O clima era dos melhores no Estádio Olímpico. Arquibancadas lotadas e divididas entre as duas torcidas, belíssimos mosaicos, Hino Nacional Italiano entoado por uma famosa cantora da nova geração italiana... Tudo conspirava para uma grande partida de final.

Os primeiros 10 minutos de jogo confirmaram essa tese. Logo aos 3 minutos, falta para a Lazio. O jovem volante Cataldi levantou na área e o capitão Radu subiu mais alto que a defesa da Juventus para abrir o placar. Nas arquibancadas, explosão da torcida romana. Porém, a festa não durou muito. Aos 10 minutos, novamente em uma bola parada, Pirlo cobrou falta na segunda trave e Evra ajeitou de cabeça para Chiellini empatar o duelo. A igualdade no marcador fez com que as duas equipes parassem de buscar o ataque como nos primeiros minutos. Com isso, as ações da partida ficaram restritas ao meio de campo, com um grande número de faltas e divididas fortes.

Depois do empate bianconero, somente um lance de perigo agitou a partida, e nasceu de um erro defensivo. Após levantamento na área da Juve, Pogba dominou mal e deu a bola de graça para Parolo, que bateu muito perto do gol defendido por Storari. E foi só. Do lado da Juve, o susto ficou por conta de uma pressão exercida por Tévez em cima do goleiro Berisha no final da primeira etapa, que terminou em falta do argentino.

Falta de criatividade e monotonia persistem na segunda etapa

Para a etapa complementar, apesar da fraca primeira etapa, nenhum dos treinadores efetuou mudanças, nem de atletas, nem na postura das equipes. O jogo persistiu morno e com raríssimos lances de ataque, marcado por um respeito excessivo entre os dois times. Faltava agressividade e criatividade. Sobrava marcação e toque de bola cadenciado no meio-campo.

A partir da segunda metade do segundo tempo, os treinadores perceberam que era necessário fazer mudanças. Do lado da Juve, Massimiliano Allegri apostou na habilidade de Roberto Pereyra no lugar de Pogba, e em Matri no lugar de Llorente. Na Lazio, Stefano Pioli tirou o apagado Klose para dar lugar a Djordjevic. Sem sucesso.

Nada de interessante aconteceu no restante do tempo regulamentar além de um gol bem anulado de Matri aos 43 minutos e de uma belíssima jogada de Roberto Pereyra na ponta direita um minuto antes, com direito a rolinho no zagueiro Maurício, ex-Palmeiras. Não foi o suficiente para evitar mais 30 minutos de tempo extra.

Quem não faz, toma

A prorrogação dava pinta de que teria um ritmo melhor que o restante do jogo. Tanto que logo aos 3 minutos, Djordjevic arriscou de fora da área, a bola pegou nas duas traves e não entrou, arrancando um "quase" grito de gol da torcida da Lazio e do próprio atacante, que já se preparava para sair comemorando.

Quem não faz, toma. A máxima do futebol voltou a dar suas caras no Estádio Olímpico. Três minutos após o lance protagonizado por Djordjevic, Matri aproveitou bate-cabeça da zaga da Lazio para bater rasteiro em cima do goleiro Berisha, que ainda tocou na bola, mas não evitou que ela entrasse.

A superioridade no placar era tudo o que a Juventus precisava para se fechar no campo de defesa. A Lazio tentava trabalhar a bola para ultrapassar o ferrolho bianconero de Barzagli, Bonucci e Chiellini. Missão quase impossível. A apatia do ataque biancazzurri persistiu, e não pôde evitar o décimo título da Juve.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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