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Julgamento de Marin por corrupção começa em Nova York

6 nov 2017 - 11h42
(atualizado às 13h06)
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Mais de dois anos depois que procuradores dos Estados Unidos revelaram um caso de corrupção abrangente que abalou a Fifa, três ex-dirigentes da entidade mundial de futebol irão a julgamento em um tribunal de Nova York nesta segunda-feira devido a acusações de corrupção.

Ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, visto do lado de fora do tribunal federal do Brooklyn, em Nova York 03/08/2016  REUTERS/Nate Raymond
Ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, visto do lado de fora do tribunal federal do Brooklyn, em Nova York 03/08/2016 REUTERS/Nate Raymond
Foto: Reuters

A seleção de jurados deve ocorrer diante da juíza Pamela Chen no bairro do Brooklyn. Os réus são Manuel Burga, ex-presidente da federação de futebol do Peru, José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol e da federação de futebol do Paraguai.

Os procuradores norte-americanos acusaram os três de receberem subornos e propinas relacionados à venda de direitos de transmissão e marketing da Copa América e da Copa Libertadores, competições internacionais organizadas pela Conmebol.

O julgamento é parte de um inquérito criminal amplo no qual os procuradores acusaram 42 pessoas e entidades. Os procuradores descreveram uma cultura de corrupção generalizada na concessão de direitos de transmissão e marketing de jogos de futebol em todo o mundo. Burga, Marin e Napout são os primeiros acusados a serem levados aos tribunais.

Vinte e quatro pessoas se declararam culpadas, a maioria desde que a investigação foi anunciada em maio de 2015, mas as primeiras confissões aconteceram em 2013. As acusações contra o dirigente de futebol norte-americano Charles Blazer foram anuladas após sua morte, ocorrida em julho.

"Depois de esperar dois anos, o senhor Napout anseia por seu dia no tribunal", disse sua advogada, Silvia Pinera-Vazquez, na sexta-feira.

Charles Stillman, advogado de Marin, e Bruce Udolf, advogado de Burga, não quiseram comentar.

Entre os réus que admitiram sua culpa no caso estão Jeffrey Webb, um ex-vice-presidente da Fifa e presidente da Concacaf, e José Hawilla, acusado de pagar propinas para garantir contratos para sua empresa de marketing esportivo, Traffic Group.

Em outubro, Costas Takkas, descrito pelos procuradores como adido de Webb, foi condenado a 15 meses de prisão, e Hector Trujillo, ex-secretário-geral da federação de futebol da Guatemala, foi condenado a oito meses.

Outros réus não foram extraditados aos EUA.

Joseph Blatter, que foi presidente da Fifa de 1998 até o final de 2015, quando foi suspenso, não foi acusado neste caso.

Em outubro autoridades da Suíça, onde a Fifa tem sua sede, disseram estar investigando possíveis subornos na concessão dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030.

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