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Liga dos Campeões

Moldado pelo São Paulo de 92, Pochettino quer fazer história no Tottenham

7 mai 2019 - 08h43
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Responsável por eliminar o Manchester City de Pep Guardiola, o Tottenham voltou a uma semifinal de Liga dos Campeões após 57 anos. A derrota para o Ajax em pleno estádio recém-inaugurado, no entanto, brecou um pouco do ânimo, mas não tirou a esperança dos Spurs em reverter o placar na Holanda, no duelo da volta, marcado para esta quarta-feira, ás 16 horas (de Brasília).

O protagonismo do Tottenham passa muito pelo trabalho de Mauricio Pochettino. No time londrino desde a temporada 2014-15, o treinador soma ótimas campanhas tanto em cenário nacional quanto continental e quer seguir fazendo história na equipe, que nunca disputou uma final de Champions.

Pochettino viveu seu primeiro grande confronto em 1992, quando ainda era uma revelação do futebol argentino. Zagueiro titular do Newell's Old Boys com apenas 19 anos, o atual treinador do Tottenham lembra com carinho da final da Libertadores daquele ano, em que foi derrotado pelo São Paulo de Telê Santana nos pênaltis para mais de 100 mil torcedores no Morumbi.

"Tivemos o azar de encontrar o melhor São Paulo da história. Com jogadores muito bons, com um grande treinador que foi o Telê Santana, mas acho que demos trabalho. Vencemos em Rosário por 1 a 0, depois perdemos, fomos para a prorrogação e perdemos nos pênaltis a Libertadores. Mas, com o passar do tempo, guardo boas recordações", disse o treinador à ESPN em 2016, época em que estava começando o trabalho no Tottenham.

Na oportunidade, o comandante do Newell's era Marcelo Bielsa, grande responsável por garimpar Pochettino aos 13 anos na pequena comunidade de Murphy, em Santa Fé. Mais do que revelar o jogador, "El Loco Bielsa" é a grande referência do ex-atleta na função de técnico. No dia 17 de junho de 1992, o então jovem defensor pôde tirar várias ideias de jogo do confronto entre Bielsa e Telê Santana, do qual guarda memórias positivas mesmo com a derrota.

"Foi uma grande experiência a nível pessoal e logicamente com a tristeza de não ter ganhado, mas com a satisfação de ter estado em uma final de Libertadores, diante de 100 mil pessoas, em um estádio incrível como é o Morumbi. Acho que foi um aprendizado que serve para eu ser melhor no presente", comentou Pochettino.

Dos 13 jogadores que Bielsa usou nas duas partidas da final de 1992, nove se tornaram treinadores posteriormente (Julio Zamora, Cristian Domizzi, Gustavo Raggio, Alfredo Berti, Ricardo Lunari, Juan Manuel Llop, Gerardo Tata Martino, Eduardo Berizzo e Fernando Gamboa). Entre eles, Pochettino, que resgatou o Tottenham no cenário europeu e pode fazer história se levar o clube à final da Liga dos Campeões pela primeira vez.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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