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Liga Europa

Por ressurgimento continental, Inter desafia domínio do Sevilla na Liga Europa

Equipes se enfrentam nesta sexta-feira, às 16h, na decisão do torneio continental

21 ago 2020 - 05h10
(atualizado às 05h10)
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Sevilla e Inter de Milão decidem nesta sexta-feira, em Colônia, a Liga Europa, a partir das 16 horas (de Brasília), em uma partida que deverá ter conotações históricas bem diferentes de acordo com quem levantar a taça. Para a equipe espanhola se tratará da repetição de uma prazerosa rotina, enquanto para a italiana poderá representar o recomeço de uma maior relevância continental.

Ninguém, afinal, venceu mais vezes a competição do que o Sevilla, bicampeão em 2006 e 2007 e tri entre 2014 e 2016. É, assim, o clube que parece mais aproveitar as características da competição, um torneio continental que costuma ser mais valorizado por clubes sem grandes aspirações nos grandes campeonatos nacionais e na Liga dos Campeões.

É exatamente o caso do time andaluz, que não conquista um título a não ser o da Liga Europa desde a Copa do Rei de 2010 e não é vice espanhol desde 1957 - sua única conquista foi em 1946.

Após concluir o Campeonato Espanhol na quarta posição, em 19 de julho, o Sevilla seguiu para a Alemanha, onde tem sido realizada as fases decisivas da Liga Europa, tendo passado por Roma, Wolverhampton e Manchester United, todos em Duisburg, antes de chegar à final em Colônia. "Teremos de ser inteligentes, solidários e sólidos para sabermos como agir a cada momento da partida", pediu o técnico Julén Lopetegui.

Adversária do Sevilla, a Inter foi uma finalista recorrente nos anos 1990 da Copa da Uefa, a atual Liga Europa, tendo disputado quatro e vencido três, em 1991, 1994 e 1998, essa última marcada por um golaço de Ronaldo no triunfo por 3 a 0 sobre a Lazio, no Parque dos Príncipes.

Vice-campeã italiana, em campanha concluída em 1º de agosto, a Inter teve menor tempo de descanso para disputar as etapas decisivas da Liga Europa, tendo derrotado o Getafe, em Gelsenkirchen, além de Bayer Leverkusen e Shakhtar Donetsk, ambos em Dusseldorf.

A Inter aposta na decisão na poderosa dupla de ataque composta pelo belga Romelu Lukaku e pelo argentino Lautaro Martínez, que fizeram dois gols cada nos 5 a 0 sobre o Shakhtar. Juntos, marcaram 54 dos 111 gols da equipe em 53 jogos oficiais realizados nesta temporada.

Foram eles, somados ao trabalho do técnico Antonio Conte e aos investimento do grupo chinês Suning Group que devolveram o protagonismo europeu para a Inter, que após vencer a Liga dos Campeões em 2010, chegou a ficar até fora de competições europeias em três temporadas nesta década.

"Temos de estar orgulhosos por voltar a disputar uma final. Por isso precisamos demonstrar em campo o nosso entusiasmo e nossa vontade de vencer. Teremos pela frente um adversário muito difícil de ser vencido e com grande experiência nesta competição", afirmou Conte, que não sabe se poderá contar com o atacante chileno Alexis Sánchez, em recuperação de lesão muscular na coxa.

O campeão da Liga Europa, além da taça, tem direito a uma vaga na Liga dos Campeões da temporada seguinte. Mas como ambos obtiveram suas classificações através dos torneios nacionais, ela ficou com o Rennes. Assim, o que estará em jogo é a supremacia do Sevilla no torneio contra a busca da Inter para voltar a ser protagonista.

Estadão
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