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Futebol Internacional

Mourinho: "Neymar mudou o patamar das transferências"

6 set 2017 - 12h00
(atualizado às 15h46)
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A nova realidade financeira do futebol mundial é tema recorrente das entrevistas envolvendo treinadores e diretores dos clubes europeus. Quem falou sobre o assunto nesta quarta-feira foi José Mourinho. Sempre atuante no mercado de transferências, o português concedeu entrevista ao The Times e se mostrou surpreso com os valores pagos durante esta janela. Segundo o treinador, Neymar é o principal "culpado" pelo futebol inflacionado e apontou outro brasileiro como o jogador mais caro do mundo, não fosse o negócio envolvendo Paris Saint-Germain e Barcelona.

Mourinho disse estar contente com as contratações do Manchester United e alertou para os valores que o clube teve de investir, principalmente em Romelu Lukaku e Nemanja Matic. "Acredito que fomos bem durante este mercado. As compras realizadas no final da janela costumam ser mais baratas, mas dessa vez foi tudo diferente por conta de um negócio em especial: Neymar. Ele mudou a realidade financeira do futebol. Se tivéssemos esperado até os últimos dias para fechar com Lukaku e Matic, os valores teriam sido maiores", disse o treinador.

Outro tema da entrevista foi Philippe Coutinho. Para o treinador, o brasileiro seria o negócio mais caro da história na perspectiva "real" do futebol. "Se Pogba ainda fosse o negócio mais caro, Coutinho tomaria esse posto e teria sido vendido ao Barcelona por 110 milhões de euros (cerca de R$ 409 milhões). Não tenho dúvidas disso", completou.

Apesar da satisfação com o grupo de jogadores, Mourinho disse que ainda faltam alguns detalhes para a formação da "equipe ideal". "Quando cheguei tinha dito que precisaria de três janelas de transferências para montar o melhor time da Europa, a nível de dominar o futebol inglês e brigar de igual para igual com todos da Europa. Hoje posso confirmar isso, faltaram algumas coisas que serão feitas no próximo ano", afirmou o português.

Conhecido pelas polêmicas, o "Special One" ainda exaltou seu potencial e foi incisivo ao dizer sua principal função nos clubes pelos quais passou. "Não sou um técnico a curto prazo. Costumo preparar meus times e deixá-los perto do limite, tirando o máximo. Quando opto por sair, o novo técnico pode ter certeza que encontrará uma equipe pronta", completou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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