Lateral do Tottenham condena punições brandas por racismo no futebol
Os sucessivos casos de racismo nos estádios de futebol europeu que marcaram as últimas semanas seguem repercutindo, principalmente depois do novo episódio na Itália, nesta semana, com o jovem jogador da Juventus, Moise Kean. E o lateral do Tottenham, Danny Rose, não condenou apenas os atos em si, como também as penas brandas que são aplicadas pelos órgãos fiscalizadores.
Em entrevista concedida a uma série de veículos ingleses, Rose foi além das críticas e se disse cansado do futebol por casos como esse, remetendo ao duelo entre Montenegro e Inglaterra, quando ouviu dos torcedores da casa injúrias racistas. Por fim, revelou que quer deixar a profissão em cinco ou seis anos, quando colocará fim a sua carreira dentro das quatro linhas.
"Claro, é muito triste (se sentir assim), mas quando países são só multados com o que eu provavelmente gasto em uma noite em Londres, o que eu devo esperar?", questionou o jogador inglês. "Meu treinador foi suspenso por dois jogos por questionar a decisão do árbitro Mike Dean. Mas um país só pode ser multado com uma pequena quantidade de dinheiro por ser racista. É uma farsa. É aí que estamos no futebol, e até que haja uma punição severa", pontuou.
No caso de Danny Rose e da seleção inglesa, a Uefa abriu processo disciplinar para investigar as ofensas sofridas pelos no jogo contra Montenegro. Durante a partida, inclusive, o atacante Sterling, do Manchester City, comemorou em protesto um dos gols, e teve o apoio de toda a comissão técnica e de grandes personalidades do futebol local, como o treinador Pep Guardiola e Maurizio Sarri, que defenderam abandonar os jogos nesses casos.
"Eu já tive o suficiente. No momento, eu me programo pensando: "Tenho mais cinco ou seis anos no futebol e eu não vejo a hora de dar as costas pra ele". Vendo como as coisas são feitas no jogo, naquele instante… é…, ah, deixa pra lá, né? Eu só quero sair disso aqui", finalizou Rose.
Gazeta Esportiva
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