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Campeonato Inglês

Herói, Lucas marca nome na história do Tottenham; relembre carreira

8 mai 2019 - 18h55
(atualizado às 18h55)
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Lucas Moura foi o herói improvável desta quarta-feira. Pela partida de volta da semifinal da Liga dos Campeões, o brasileiro marcou os três gols da virada milagrosa do Tottenham diante do Ajax: placar de 3 a 2 para os ingleses e classificação garantida para a primeira decisão da história dos Spurs na mais importante competição de clubes.

Iniciando a temporada como titular de Mauricio Pochettino, o camisa 27 perdeu espaço na equipe ao longo do ano com o retorno do sul-coreano Son Heung-min - entretanto, nesta noite de quarta, na Johan Cruyff Arena, o brasileiro pareceu predestinado e marcou seu nome para sempre na história do Tottenham.

Ascensão no São Paulo

Depois de defender Juventus-SP e Corinthians nas categorias de base, Lucas, então conhecido ainda como Marcelinho - por sua semelhança com o eterno ídolo da torcida do Timão -, foi contratado aos 13 anos para defender o São Paulo. Consolidado nos juniores do Tricolor quatro anos após sua chegada, Lucas brilhou na conquista da Copinha de 2010 e foi chamado para o profissional no mesmo ano.

Foram dois anos defendendo as cores do Tricolor paulista. Ao longo de sua passagem, o ponta acumulou 128 jogos com a camisa do clube do Morumbi, com 33 gols marcados, 25 assistências e um título conquistado.

No dia 12 de dezembro de 2012, Lucas fez sua última partida pelo São Paulo e saiu da equipe em grande estilo. O jogador balançou as redes e deu uma assistência na vitória dos paulistas por 2 a 0 para cima do Tigre, time argentino que não voltou para a disputa do segundo tempo, garantindo o troféu da Copa Sul-Americana daquele ano para o Tricolor.

Lucas havia disputado todo o segundo semestre de 2012 já vendido ao Paris Saint-Germain, pelo valor de 43 milhões de euros. Entretanto, no acordo firmado entre brasileiros e franceses, ficou combinado que o atleta só se apresentaria em Paris no início de 2013 - e foi exatamente isso que aconteceu.

Irregularidade no Paris Saint-Germain

Logo no segundo dia de janeiro, Lucas fez sua estreia com a camisa parisiense. O que prometia ser a consolidação de um jovem talento brasileiro no exterior acabou por ser uma época marcada pela irregularidade.

Em cinco anos no clube, Lucas alternou entre ser titular e reserva, nunca chegando a alcançar o potencial esperado pela diretoria endinheirada do Paris Saint-Germain. Importante no início dessa era milionária do PSG, o ex-São Paulo fez 229 jogos pelo time francês, com 46 gols e 49 assistências.

Em baixa no clube e sem espaço na equipe titular, saindo do banco somente seis vezes na temporada 2017/18 e nunca atuando na escalação inicial, Lucas acabou sendo vendido para o Tottenham, da Inglaterra, em janeiro de 2018.

O contrato firmado com os ingleses é válido até 2023 e a negociação custou cerca de 25 milhões de libras esterlinas aos cofres dos Spurs.

Recuperação e heroísmo no Tottenham

No clube inglês, Lucas recuperou o bom futebol, conseguindo atuar mais em relação aos últimos anos de PSG. Depois de um período de adaptação natural, o brasileiro participou de praticamente todas as partidas dos Spurs na temporada. Foram 46 jogos, com 12 gols e duas assistências.

Lucas, inclusive, começou a temporada como titular de Mauricio Pochettino, na ausência do sul-coreano Son Heung-min, que servia sua seleção nacional. Com a volta do camisa 7, Lucas voltou para a reserva, sem perder o status de peça importante do elenco inglês.

Na noite desta quarta-feira, o brasileiro provou seu valor. Após o Tottenham ter perdido a primeira partida por 1 a 0, os Spurs visitaram o Ajax precisando da virada para alcançar a inédita final da Liga dos Campeões. Depois de um 2 a 0 na ida para o intervalo, Lucas Moura marcou três gols - o da classificação só saiu aos 51 minutos da etapa final -, sacramentando a virada do time da Premier League e marcando seu nome eternamente na história da equipe inglesa.

Carreira na Seleção

Vestindo a camisa da Amarelinha, Lucas começou sua carreira sendo convocado por Ney Franco para o sub-20, em novembro de 2010. No ano seguinte, apesar da presença da já estrela Neymar no elenco, foi Lucas o grande nome da conquista do Sul-Americano sub-20 - o ponta ganhou repercussão nacional e, camisa 10 daquele time, marcou três gols na grande decisão contra o Uruguai.

Ainda em 2011, Lucas foi chamado pela primeira vez para a Seleção principal, à época comandada por Mano Menezes. No ano seguinte, o ponta esteve no grupo medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres.

Sob o comando de Felipão, Lucas não teve muita presença no Brasil, ficando de fora da Copa do Mundo de 2014. Dois anos depois, em 2016, o jogador foi chamado para a disputa da Copa América daquele ano após Rafinha sofrer com lesão.

No ano passado, Lucas foi lembrado por Tite após Éverton, do Grêmio, se contundir. O atleta do Tottenham esteve no grupo que disputou amistosos contra a Argentina e a Arábia Saudita.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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